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Aquilo que gasto com o meu filho é o meu melhor investimento. Digo esta frase inúmeras vezes, em vários contextos. Quando um amigo que ainda não é Pai desabafa “Ter um filho é uma enorme despesa” ou quando me dizem “Gastei uma fortuna em manuais escolares” costumo responder que dificilmente iriam encontrar uma forma de gastar esse mesmo dinheiro que fosse tão gratificante como a de investir nos nossos filhos.
A gestão do orçamento familiar é um exercício diário e educar os filhos traz ainda maior responsabilidade.
A saúde…e as fraldas
Esta é uma rubrica incontornável e, claro, obrigatória. As visitas ao pediatra e sobretudo as vacinas que não fazem parte do SNS, são despesas que os recém-papás têm de acrescentar ao orçamento. E claro, as fraldas! Nunca na vida tinha estado tão atento às promoções dos hipermercados. Cheguei até a ver o anúncio na TV e ir a correr comprar uma meia dúzia de pacotes de fraldas para poupar uns euros.
A educação
O ensino não é gratuito, desengane-se quem pensa que é. Do pré-escolar ao ensino secundário, a formação dos nossos filhos é das rubricas mais dispendiosas. Sejam os materiais, os manuais escolares e tudo o que é necessário, os Pais gastam centenas de euros todos os anos. Há uma pequenina ajuda extra do IRS que nos devolve até ao máximo de 800€/ano por membro do agregado que esteja a estudar. É pouco, mas não se pode desperdiçar.
Investir na educação/formação dos nossos filhos é proporcionar-lhes a oportunidade de criar alicerces para a sua vida futura. Quando pagamos as faturas de educação não nos devemos arrepender, nem sequer lamentamos, o que acaba por ser uma postura rara na maioria das despesas. É como se estivéssemos a guardar dinheiro no banco com uma boa taxa de juro (algo que já não existe). Fica nas mãos e sobretudo na cabeça dos nossos filhos aproveitar ao máximo este investimento e claro que vamos lá estar para tentar garantir a estão na direção certa.
A segurança
É normal que os pré-papás pensem sobre a segurança do seu bebé que está a chegar. Pensamos logo em trocar de carro, por um familiar com 12 air-bags e sistema iso-fix e mais tudo e mais alguma coisa. Pais, não cometam loucuras, é normal que nos tornemos mais emocionais e isso é péssimo quando pensamos em gastar dinheiro. A cadeira para o carro, o carrinho de bebé que vem com alcofa e mais uma data de acessórios que só os vamos utilizar meia dúzia de vezes. Se puderem, aproveitem acessórios de familiares e amigos que estejam em bom estado. Falem com outros Pais para perceberem se precisam mesmo daquela alcofa que só serve para andar no carro. Eu sei que não é fácil, mas tentem ser racionais na hora de comprar.
Os extras e a roupa
Hoje em dia gastamos alguns euros em extras, como brinquedos, roupa, sapatilhas (de 3 em 3 meses por os pés não param de crescer). Temos consciência que somos muito mais racionais agora do que quando o nosso filho era bebé e isso ajuda imenso. Outros extras que também não fico a olhar para a conta é viajar e proporcionar experiências interessantes. São momentos que ficam marcados por muitos anos na memória de todos e quando é assim o investimento tem um bom retorno.
Tempo
Não tenho dúvidas que o meu filho é o meu melhor investimento. Falei de despesas, custos, faturas, etc. Mas o investimento não é só dinheiro. O tempo é o investimento mais importante que temos para dar. Os filhos não nos pedem grande coisa, mas cobram-nos o tempo que não passamos com eles. Não é aquele tempo cronometrado, mas aquele que nem sentimos as horas a passar. A este tempo os especialistas chamam "tempo de qualidade”, não é medido em minutos mas em sorrisos, em gargalhadas, em conhecimento mútuo, em cumplicidade, em tudo o que nos fortalece como Pais e que ajuda os nossos filhos a crescer.
Investir sem pensar em taxas de juros, em spreads ou outras coisas complicadas é um privilégio só ao alcance dos Pais que amam os seus filhos. Nós estamos a formar a próxima geração de pessoas e é fundamental que sintam que são de facto o nosso melhor investimento.
O Pai