Pai, quero ir tomar banho
Hoje em dia esbarramos naturalmente com artigos que nos indicam as 10 formas de fazer qualquer coisa, ou as 25 razões para sermos mais felizes, ou as 320 maneiras de preparar um Gin. A educação não foge à regra, sendo frequente lermos fórmulas mágicas de como devemos educar os nossos filhos.
Tenho uma máxima: se existissem as 25 medidas que devemos seguir para educar uma criança, os bebés vinham com livro de instruções. Pois é não vêm... Isto quer dizer que os pais têm de ir descobrindo este mundo maravilhoso.
Há dias li um artigo que abriu o debate de quantas vezes devemos dar banho aos nossos filhos. Existem várias teorias que defendem o banho diário, outras que consideram desnecessário e que basta intercalar.
O banho é, para além das questões de higiene, um momento de interação entre pais e crianças que pode ser divertido e ajudar a autonomia através de pequenos desafios. Torná-lo uma rotina diária pode, em alguns dias, dificultar esse entendimento de ambas as partes.
Seguindo esta lógica, acho que o banho intercalado dia-sim dia-não é suficiente. Obviamente que as contingências podem obrigar a quebrar esta regra: um dia na horta da escola, dia de futebol ou dia de festa de aniversário obrigam a um banho. Contudo um dia frio de inverno pode dispensar o sacrifício.
Educar para existirem rotinas de higiene diárias saudáveis é algo que devemos incutir. Quanto ao banho, não devemos estragar o momento com rotinas forçadas, para que a criança não deixe de nos dizer "Pai, quero ir tomar banho".
O Pai
Fonte: Observador - Quantas vezes devemos dar banho aos filhos