Pai, já sei o que quero receber no Natal
Anda tudo muito calmo este ano aqui no nosso reino. O espírito do Natal ainda não entrou em casa e talvez por isso o nosso filho mais velho esteja muito relaxado relativamente aos presentes que quer receber.
Em anos anteriores, já tínhamos 1001 catálogos, montes de recortes e uma mão cheia de pedidos e ideias. Este ano nada! Talvez por estarmos mal habituados, andamos às aranhas para decidir o que lhe vamos dar...
Por entre esta acalmia aparente, reparamos que o miúdo esteve mais preocupado a pré-selecionar presentes para a irmã do que propriamente para si. Fez a lista de Natal da irmã porque segundo ele "O Pai Natal precisa de pistas e não quero que a minha irmã fique sem presentes por não conseguir ainda fazer uma lista". Pois... acho que está aqui uma das razões da tal acalmia.
Na verdade o nosso menino está mais crescido. Mudam-se os gostos, as suas motivações, a sua forma de olhar para o Natal na vertente presentes e até no acreditar no senhor de barbas. Ele ainda não admitiu que deixou de acreditar que o Pai Natal existe, pensamos nós que está a adiar este facto apenas para nos deixar em suspenso e não estragar o espírito natalício. É certo também que como ainda está em aulas, com testes e tudo, não se sente de férias e mentalmente livre para pensar verdadeiramente no Natal. Sinais, todos eles, que ele está mesmo crescido.
Com filhos os Pais redescobrem o espírito natalício. Seja pelas prendas, pelo espírito solidário, pela azáfama, tudo faz mais sentido quando temos crianças em casa. À medida que as crianças crescem, voltamos à nossa forma normal de encarar esta época, mas já por isso decidimos ter mais um filho com 8 anos de diferença… Não foi por isto, Mãe? Assim prolongamos ainda mais a criança que vive em nós.
Mais do que presentes, bens materiais e outros fatores consumistas que o Natal traz, nós olhamos para o Natal como a festa da família. Pode parecer um cliché, mas parece que o Mundo fica mais bondoso nesta altura, que as luzes, o frio e os cheiros nos fazem reviver memórias boas e isso faz-nos sentir mais…humanos. Assim seja e que não aconteça só no Natal (pensamento desejoso).
Bem, é tudo muito bonito, mas não queremos que os nossos filhos fiquem sem pelo menos um presentinho no sapatinho. Por isso, lá vamos nós desfolhar catálogos e meter-nos na confusão das compras.
O Pai