Pai, hoje fico com os Avós
Estamos a terminar mais um período de férias grandes. Foi um mês e meio que serviu para desligar ao máximo da exigente rotina da escola. As férias tiveram vários momentos e um ponto em comum, quando os Pais iam trabalhar eram os Avós que ficavam com a criança.
Li algures que os filhos quando nascem não são só dos Pais, passam a ser da família e dos amigos mais próximos, porque cada pessoa irá contribuir para o seu desenvolvimento.
Fazemos questão de envolver os Avós na educação do nosso filho. São um "braço direito" porque estão sempre ali quando é preciso e nas férias são mesmo um privilégio tê-los por perto. Atenção que não é fácil acompanhar o ritmo de uma criança, é exigente fisicamente e nem sempre os mais velhos conseguem ter a chamada "pedalada", mas o esforço e dedicação estão sempre em alta.
"Pai, hoje joguei à bola com o Avô, depois ainda fomos ao parque e regressamos a pé para casa". A nossa primeira pergunta foi para o Avô: "E então, estás cansado?". A resposta é rápida, "Cansado, não. Tomara fazer isto todos os dias".
O sentimento é este, um sentimento de quem já foi Pai e talvez por ter vivido noutros tempos, não pôde desfrutar ao máximo dos filhos. Vendo-se agora com netos ao seu redor, ganha uma segunda oportunidade e faz mais do que imaginara.
Esta semana houve uma experiência diferente. "Pai, posso ficar a dormir em casa dos Avós?". foi a primeira vez que nos pediu para dormir fora de casa. Ninguém lhe tira a cama, mas desta vez a brincadeira falou mais alto.
Perguntámos porque razão queria ficar em casa dos Avós a dormir. "Quero brincar com os Avós e deitar-me mais tarde". Pois, já estávamos a imaginar a aventura.
Lá decidimos que podia ficar.
Por volta das 0:00 lá recebi um Whatsapp do Avô a mostrar um cheirinho da brincadeira que ia ali. Notava-se a grande felicidade de todos, a cumplicidade e a forma descontraída como todos estavam a viver aquela experiência...
Todos, não. Eu e a Mãe ficamos um bocadinho perdidos quando chegamos a casa sem o nosso pequenino.
O Pai