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Fico muito satisfeito quando recebo convites para participar em programas de televisão, para eventos ou para dar entrevistas a revistas. Este é um sinal de que a minha mensagem está a chegar a cada vez mais pessoas e que o interesse na perspetiva do Pai sobre a educação dos filhos tem continuado o seu caminho.
Nas últimas semanas tive várias solicitações e todas com um pedido em comum: o meu filho teria de aparecer. A conversa começava com “Gostamos muito do seu blog, a sua mensagem é fantástica e de certeza que está a inspirar Pais e Mães, mas quando é que vamos conhecer o seu filho?”
Este blog nasceu porque a voz do Pai (em geral) está um pouco esquecida. O Mundo olha para a educação do filhos e vê a Mãe e ao lado o Pai a trabalhar para sustentar a família. Isto é uma imagem do passado, mas que a sociedade teima em manter viva.
Por outro lado, quando decidi criar este blog assumi, desde a primeira palavra que publiquei, que a personagem principal seria eu. Sim eu, o Pai.
Claro, para haver um Pai tem de haver um filho ou uma filha. Quem lê as minhas histórias encontra o meu filho em todas elas, mas não encontra as suas fotos. Se alguém chega ao meu blog e quer ver que roupa o meu filho veste ou a que restaurante é que fomos ou o que fizemos no fim de semana passado, depressa se apercebe que não é esse o estilo.
E sigo quase todos os blogs de família. Adoro ler as suas histórias, inspiro-me em muitos deles. Cada blogger tem o seu estilo, as suas motivações e a sua linha editorial. Mostram o dia-a-dia com as crianças e elas são as personagens principais das suas histórias, muitas vezes ilustradas com as fotos e vídeos.
Aqui neste blog, repito, eu sou o personagem principal. Não como modelo para Pais, mas apenas como exemplo do bom e do mau que faço como Pai. Claro que seria mais apelativo, tendo em conta os blogs de família que existem, encher as minhas histórias de fotografias do meu filho e da minha família, mas neste caso as histórias são sobretudo feitas de palavras, de testemunhos escritos.
É um estilo diferente, é. Prezo muito a minha privacidade, mas ao mesmo tempo não me importo de contar alguns episódios da minha vida, sobretudo aqueles que possam eventualmente chamar a atenção de Pais e Mães, que os faça pensar, que os faça sentir que não somos únicos e que determinada experiência já foi vivida por outras pessoas.
Acabo como comecei, adoro dar a cara pela mensagem que pretendo passar, mas, por favor, deixem de catalogar as coisas, deixem de ter pré-conceitos pelo simples facto de este blog contar histórias de família e por isso terá de literalmente mostrá-la. O meu filho adora o que eu faço com o blog, percebe perfeitamente qual é o seu papel nesta aventura e até já entende porque é que os Pais não o querem expor. Isto para mim é o mais importante.
O Pai