ATENÇÃO: eu não sou o melhor Pai do Mundo
Escrever num espaço que se intitula como "O melhor Pai do Mundo" sobrecarrega as minhas costas de responsabilidade. Como a idade já é um posto e as costas ressentem-se, desmarco-me desde já desse título.
Acaba por ser uma contradição, mas antes de começar a ler comentários do género "O melhor Pai do Mundo sou eu..." ou "Eu é que sou..." e isto não mais acabar, deixo tudo em pratos limpos: o melhor Pai do Mundo é.... o meu!
Há cinco anos e pico o meu Mundo mudou. Chegou a este planeta azul o meu filho. A emoção foi grande, não há palavras para descrever o momento...
Bem este discurso já é conhecido, mas o que realmente mudou? Nasceu uma nova vida, literalmente e em sentido figurado. Os olhos de um Pai são diferentes dos outros, na forma como vêem o Mundo e como usam e abusam da lei da relatividade. Tudo passa a ser relativo, exceto quando mexe com o nosso bebé (será sempre bebé, pelo menos até ao momento em que nos pede para brindar com um copo de cerveja na mão).
Falando deste espaço. Aqui será um local onde as palavras previligiam a afirmação do Pai dos nossos dias. Alto aí, ele é diferente do Pai dos dias passados?! Não, calma, o Mundo é que mudou e como em tudo na vida, o ser humano adapta-se. Ser Pai é um título universal, mas sentir o ser Pai depende do homem que veste essa personagem principal na vida de qualquer criança. Aqui, o Pai vai encontrar pontos de vista, formas de ver um assunto. Aqui o Pai vai encontrar pistas, caminhos possíveis para determinadas dúvidas e pontos comuns com algumas certezas. Aqui o Pai vai-se rir e vai chorar, vai tirar ideias e vai ignorar o que não lhe interessa.
A porta também está aberta para as Mães, até porque sem elas o Pai não existia. As Mães vão gostar de ler as coisas numa perspetiva diferente, perceber um bocadinho da forma como esta missão muda a nossa vida e vão (de certeza absoluta) partilhar coisas com os Pais que conhecem começando a frase com um "Põe os olhinhos..."
O Pai