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O melhor Pai do Mundo

Ser Pai é uma experiência que merece ser partilhada. Este espaço é dedicado a todos os Pais que receberam dos seus filhos o título de "O melhor Pai do Mundo".

Pai, sou o teu despertador

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"Vou deitar-me, é sábado, amanhã de manhã não temos nada marcado, vamos dormir mais um bocadinho". Deito-me com esta esperança e durmo. Desde que fui Pai, dormir é uma espécie de stand-by, ou seja, desligo mas estou sempre pronto e alerta para acordar, seja por o mais velho nos chamar, seja pela mais pequena fazer um barulho estranho. 
 
Domingo, 7 da manhã, ouço uma voz muito ao fundo. Será que estou a dormir e a sonhar que o meu filho está a chamar-me? Espero mais um pouco e volto ao sono. De repente, sinto uma sombra mesmo ao meu lado. Abro o olho esquerdo enquanto que o direito fica a dormir. Não consigo distinguir o que está ali. “Pai, sou eu, não tenho sono, podemos acordar?”. Os Pais sofrem.
 
Durante a semana tudo é diferente. Programei o telemóvel para despertar às 06:47. O plano é para despertar a essa hora, fazer “snooze” (desligar para despertar 10 minutos mais tarde) e levantar-me às 06:57. Programamos uma hora para que estejamos prontos para sair de casa, ou seja, às 8 da manhã estamos no carro para deixar as crianças na Escola.
 
Mas lá em casa temos um despertador humano. A nossa princesa de 4 meses descobriu que o sono noturno é muito saudável, não só para ela como para o Pais. Adormece por voltas das 22:30-23:00 e dorme a noite toda. Eu sei que este é uns dos aspetos que os Pais mais se queixam. O facto dos filhos não dormirem a noite toda cria enormes desequilíbrios na nossa vida. Os meus filhos, desde cedo, dormiram a noite toda. Uma ou outra ficam mais agitados, mas o normal é dormirem a noite toda. Somos abençoados, confesso!
 

Ora, está o telemóvel preparado para me acordar. Faltam 5 minutos para as 06:47 e a mais pequena dá sinais que está a acordar. Começa com uns barulhinhos, notam-se movimentações nos lençóis e passados uns minutos lá surge um tímido choro quase que a chamar pelo Pai ou pela Mãe.

 
Quando este acordar aconteceu a primeira vez, achamos que foi uma grande coincidência, mas voltou a acontecer várias vezes. A máxima que os bebés são autênticos relógios aplica-se na perfeição. A menina dá o sinal, espera que o Pai ou a Mãe se desloquem à sua cama e aí oferece-nos um sorriso que elimina qualquer sinal de sono que poderia ainda resistir.
 
Os Pais grávidos ficam chocados quando lhes dizem que a partir do momentos em que os seus filhos nascem deixam de dormir descansados. Como escrevi, ficamos numa espécie de stand-by permanente que por mais profundo que seja o nosso sono, se surge um sinal, o alerta é lançado e o Pai e a Mãe ficam em sentido e prontos a intervir.
 
O Pai

Pai, és o meu herói

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Pai, és o meu herói... 
Porque me proteges desde o meu primeiro momento de vida. 
 
Pai, és o meu herói... 
Quando chegas a casa cansado e ainda tens forças para brincar comigo. 
 
Pai, és o meu herói... 
Quando me conheces tão bem que quase não preciso de te dizer o que estou a sentir. 
 
Pai, és o meu herói... 
Porque transformas a muda da fralda num momento de brincadeira e muitos miminhos. 
 
Pai, és o meu herói... 
Mesmo não fazendo tudo bem, dás o teu melhor. 
 
Pai, és o meu herói... 
Assim como a Mãe, porque vocês são uma boa equipa. 
 
Pai, és o meu herói... 
Porque te preocupas comigo a toda a hora. 
 
Pai, és o meu herói... 
Porque assumes que ser Pai é o melhor que fazes na vida. 
 
Pai, és o meu herói... 
Tens paixão em tudo o que fazes connosco. 
 
Pai, és o meu herói... 
Porque colocas os teus filhos à frente de tudo e todos. 
 
Pai, és o meu herói... 
Quando me fazes entender que a vida tem desafios e que temos de os enfrentar. 
 
Pai, és o meu herói... 
Simplesmente porque me fazes sorrir. 
 
Pai, és o meu herói... 
Fazes tudo o que podes para sermos felizes. 
 
Pai, és o meu herói... 
Porque me ensinas o que é amar e respeitar uma pessoa como a minha Mãe. 
 
Pai, és o meu herói... 
Quando me dizes que me amas. 
 
Pai, és o meu herói... 
Ao cobrir-me com os lençóis a meio da noite. 
 
Pai, és o meu herói…
Quando fazes massa com salsichas.
 
Pai, és o meu herói... 
Quando seguras a minha mão e dizes "Vai correr tudo bem". 
 
Pai, és o meu herói... 
Descobres comigo o Mundo que nos rodeia. 
 
Pai, és o meu herói... 
Quando me abraças tão forte que quase fico sem ar. 
 
Pai, és o meu herói... 
Simplesmente porque és o meu Pai. 
 
Pai, és o meu herói…
Todos os dias. Feliz Dia do Pai!
 
O Pai

Pai, os homens podem ficar em casa a cuidar dos filhos?

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Nos últimos anos, temos assistido a várias mudanças no que toca à relação do Pai para com a educação dos filhos. Mudanças de mentalidade acima de tudo, mas também um conjunto de direitos que vieram conferir aos homens mais oportunidades para serem mais ativos no acompanhamento diários dos filhos.
 
Há 40 anos, o meu Pai era muitas vezes criticado no emprego por fazer questão de ir às consultas de pediatria comigo e com a minha Mãe. Era muitas vezes prejudicado por ter de faltar para ficar comigo em casa quando eu estava doente. Isto há 40 anos. E então o que evoluímos? Qualquer coisa, mas ainda temos um longo caminho para percorrer.
 
A educação dos filhos está naturalmente ligada às mulheres. Escrevo naturalmente por querer dizer que é algo que a natureza assim o criou. Escrevo naturalmente não para querer dizer que têm de ser as mulheres a assumirem totalmente esse papel.
 

Os homens também podem ser os principais educadores dos seus filhos, podem ficar em casa a cuidar das crianças, faltar ao trabalho para irem ao pediatra ou para levá-los à Escola.

 
A sociedade não está preparada para que este papel seja assumido pelo homem. O Pai é até capaz de sentir algum preconceito se o fizer, quer seja no trabalho e até no seio familiar. É uma questão de mentalidade, precisamente aquilo que referi como algo que está a mudar… mas neste caso muito mais devagar que os próprios direitos que nos assistem como Pais.
 
Quando fomos Pais decidimos que seria a Mãe que ficaria a maior parte do tempo com os bebés. Tanto no primeiro como no segundo filho, esta decisão foi tomada entre os dois. Em ambos os casos colocamos em equação a possibilidade de eu poder fazer parte da licença. No primeiro filho não tive a possibilidade de gozar a licença exclusiva do Pai por ter sofrido pressões na empresa em que trabalhava, agora tudo aponta para que fique os 30 dias finais da licença.
 
Mas então e se a nossa vida desse para que a Mãe ou o Pai se dedicassem à educação dos filhos. Se fosse possível trabalharem em horário flexível ou até de forma remota e conseguissem conciliar a sua vida profissional com a vida de Pai ou Mãe? Será que este cenário é utópico ou impossível mesmo? Acredito que seja possível com uma conjugação de fatores muito favorável.
 
O normal, neste cenário, seria a Mãe “sacrificar” a sua carreira profissional em benefício da família. E porque não o Pai? O Pai não pode ficar em casa a cuidar dos filhos?
 
Alguns tabus teriam de ser superados, algumas mentalidades teriam de se abrir para aquilo que hoje em dia tanto se fala, igualdade de género. "Um Pai a cuidar de crianças em casa?!? Isso é muito moderno”, estão a imaginar esta frase a passar na cabeça de tanta gente?
 
Daqui a 20 ou 30 anos, quando os meus filhos tiverem que decidir quem fica com os meus netos, espero que a decisão seja mais fácil. Não tenham de quebrar tantas barreiras e que as tais mentalidades tenham evoluído.
 
O Pai