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O melhor Pai do Mundo

Ser Pai é uma experiência que merece ser partilhada. Este espaço é dedicado a todos os Pais que receberam dos seus filhos o título de "O melhor Pai do Mundo".

Pai, não deixes de ser criança

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Quando somos crianças, ali a entrar na adolescência, sonhamos em ser adultos, em ter uma “liberdade” dos Pais para fazermos o que quisermos. Chegamos a adultos e o mundo que nos aparece à frente é bem diferente dos olhos com que o vimos em criança.

 
Se no mundo dos adultos subsistissem alguns dos sentimentos que nos acompanham em crianças, aposto que viveríamos num mundo melhor… muito melhor, tenho a certeza.
 
Uma das coisas que mais gosto de fazer é interagir com as crianças, de várias idade em vários contextos. Gosto de conversar com os amigos do meu filho, perguntar-lhes se têm jogado Fifa na Playstation ou se têm cromos para trocar. Acho incrível quando me chamam pelo nome e me fazem sentir do grupo.
 
Crescer tira-nos aquela inocência que nos torna pessoas mais puras. Continuar a ser criança dava-nos a possibilidade de continuarmos a ver o mundo sem falsas interpretações, ironias ou preconceitos. Teríamos a possibilidades de continuar a ser transparentes, não termos de encarar hipocrisia. Se olharmos para o mundo como uma criança, veríamos mais igualdade, mais frontalidade, menos filtro.
 

Num acto puramente reflexo, baixo-me à altura de uma criança para falar com ela. Coloco-me ao seu nível para falarmos olhos nos olhos. É quase um paradoxo o facto de as crianças olharem para os adultos de baixo para cima, quando são elas os seres superiores, são elas que nos ensinam a dar ainda mais valor à vida.

 
Se eu me importaria de me manter criança? Não, sem dúvida. Teria muito mais a ganhar em todos os aspetos, mas sobretudo em um. Acredito que se me mantivesse criança, entenderia muito melhor a forma como o meu filho vê o mundo, poderia acompanhá-lo par a par e guardava muito mais do meu tempo para…brincar. Sim brincar, talvez aquilo que falte a tantos e tantos adultos que conhecemos.
 
Feliz dia para todas as crianças…as que as realmente são e as que gostariam, como eu, de continuar a sê-lo.
 
O Pai

Pai, achas que sou um menino mimado?

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Quantas vezes os Pais ouviram a frase “Estás a mimar demais o teu filho”? Muitas de certeza. Parece que há uma espécie de luta contra o mimo. Não consigo entender muito bem, por acaso, até porque não sei muito bem qual é a medida do mimo. Alguém sabe?

 

Eu mimo o meu filho e se pudesse mimava ainda mais. Não tenho problema nenhum em assumir. Dou-lhe mimo a toda a hora, sempre que posso, sempre que ele quer.

 
Os Pais servem para mimar os seus filhos. É para isso que existem. Os filhos querem ser mimados e muito. Mas afinal o que é o mimo tem que tanta gente recrimina e que tantos Pais se retraem em dar aos seus filhos?
 
Para mim, mimo é amor em estado puro. Mimo é cumplicidade, é aconchego, é estar ali sempre, é estar pronto, é proteger, é cuidar…é educar.
 
Há quem associe mimo a deixar fazer o que as crianças querem, quem associe a total liberdade de ações em que os Pais perdem o controlo dos filhos. Isto não é mimo, isto é deixar de sermos Pais. Nós Pais somos a imagem da educação, do respeito e dos valores. Se descuidarmos isto, estamos a menosprezar o nosso papel.
 
Já sabemos que as crianças são inteligentes ao ponto de detectarem os nossos pontos fracos e aproveitarem-se deles para conseguirem o que querem. Normal. Ser Pai tem muito a ver com emoção e a emoção tira-nos a racionalidade e isso dificulta o nosso papel. Então temos de encontrar o equilíbrio entre sermos permissivos e impormos mais restrições. As crianças gostam de regras, desde o primeiro dia. Aliás, todos gostamos de regras, sentimo-nos mais à vontade quando existem, mas têm de ser justas. Ora, na educação dos filhos temos de ser justos e estabelecer regras que sejam entendidas por todos, sejam Pais, sejam filhos.
 
Voltando ao mimo e aos camiões que temos para dar. Vivemos uma vida a acumular mimo para dar. Quando o nosso instinto parental começa a dar sinais, só pensamos em dar mimo. No momento que temos pela primeira vez o nosso filho nos braços, tudo o que queremos é dar-lhe todo o mimo do mundo e mais houvesse.
 
Mimo é amor, volto a esta ideia para sublinhar que nunca é demais. Se o meu filho é um menino mimado? É, claro! Vive rodeado de amor, meu (às toneladas), da Mãe (este universo e o outro), dos avós (daqui até à lua), dos tios e tias (ai o meu menino)… todos trocamos mimos.
 
Diga-me quanto mimo dá aos seus filhos e quanto recebe de volta? Diga-me se quer deixar de dar e receber mimo. Quero saber quanto mimo tem para dar…
 
O Pai

Pai, para mim a família é tudo

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Ouço frequentemente dizerem-me “És um homem de família” ou então “Fazes tudo pela tua família”. É verdade, para mim a família é tudo. Está acima de qualquer coisa. Pela família, transformo-me em guerreiro e luto contra o que me aparecer à frente. Pela família, sou animal selvagem que não vê mais nada do que proteger os seus contra ataques furtivos.

 
É engraçado perceber certos ditos, eu diria, populares que dizem que nós não escolhemos a família. É um facto. Acho que muita gente pensa que a família, por ser família, está feita, está unida, está em sintonia e que nem precisamos de cultivar os laços, porque, por ser família, tem obrigações.
 
Esta visão está completamente errada. Imaginem um grupo de pessoas com ADN bem parecidos, com costumes idênticos e que cresceram com educação semelhante. Tem tudo para não funcionar, certo?
 

A família tem de ser cultivada, cada membro tem de respeitar os outros, entender as diferenças e acima de tudo promover o amor. Sim, o amor, esse sentimento tão difícil de descrever mas que é o elo de ligação entre as pessoas, sobretudo as mais próximas.

 
Eu tenho muito orgulho na família que tenho, tanto a que me recebeu neste mundo, como a que construí. Cresci a pensar que pertencer a uma família era ser mais um, seja um filho, um irmão, um neto, um primo, um sobrinho. Percebi com o tempo que cada membro da família tem um papel, por pequeno que seja, com mais ou menos protagonismo, haverá sempre um papel.
 
Assumirmos o nosso contributo no seio de uma família é contarmos com todos, é muitas vezes dar sem estar à espera de receber.
 
Já sei, a família não é escolhida por nós, mas como se diz, os amigos são. Podem não ter ligações de sangue, mas os amigos são muitas das vezes família e porquê? Porque se unem, porque se percebem.
 
Família é quem está ao nosso lado, quem nos liga ao final de um dia desgastante e pergunta como estamos e ouve todos os nossos desabafos. Família é olhar para o telemóvel, num momento em que queremos falar com alguém e vermos que temos várias pessoas a quem ligar.
 
Sim é verdade, para mim família é tudo. Para mim família são todos os que conhecem as minhas virtudes e vivem bem com os meus defeitos.
 
A família precisa de ser construída e cuidada. Cada membro contribui com o seu tijolo e cada tijolo ajuda a cimentar aquilo que é o suporte de tudo… sim a família.
 
O Pai

Pai, sou mesmo parecido contigo

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Não vou falar de parecenças físicas. Nesse aspeto o miúdo está cada vez mais parecido com a Mãe. Ainda bem!

 
Já vos aconteceu de certeza estarem perante os vossos filhos e parecer-vos que estão a olhar ao espelho. Eu escrevi sobre isso na história “Pai, quem tem razão, eu ou a Mãe?”. E porque é que volto ao assunto, perguntam vocês.
 
Pois é, nos últimos tempos tenho sentido algumas dificuldades em encontrar argumentos para alinhar determinados comportamentos do meu filho. Não são maus comportamentos, são traços de personalidade, formas de reagir, expressões.
 

Demorei algum tempo a perceber, mas existe um padrão nestes comportamentos: são muito parecidos com os meus! Sim é isso, nem mais. A criança é parecida comigo e é aí que eu sinto grande dificuldade no tal alinhamento.

 
Felizmente aprendi com os anos a identificar os meus defeitos e os meus pontos fracos. Isto é uma grande vantagem que provavelmente só a idade nos ajuda a alcançar. 
 
Como Pai o desafio é ainda maior. Agimos maior parte das vezes por instinto, porque temos de ter reflexos para responder às situações que nos aparecem. Na hora de corrigir um comportamento, penso primeiro “Eu também sou assim” ou “Eu reagiria da mesma forma”. Aplica-se o velhinho “Olha para o que eu digo e não para o que eu faço”, mas as crianças são seres observadores e por isso dão mais relevo ao atos e menos às palavras.
 
É quase impossível educar um filho e não lhe passar os nossos traços de personalidade. E o pior é que não conseguimos separar os bons dos maus. Passa tudo e ainda há a genética para ajudar à festa. No meu caso, em vez de entrar em choque com o “mini me”, tento colocar-me do lado de lá, perceber o que o move e até tentar antecipar situações, afinal eu até o conheço bem de mais.
 
O Pai

Mãe, quero dizer-te uma coisa

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Já dizia a canção dos Clã, “As palavras custam a sair, não dizes o que estás a sentir”. Posso dizer que é um problema de expressão. Talvez porque em inglês soe sempre melhor, dizer "I love you” em vez de “Amo-te”.

 

Seja ao nascer de mais um dia, quando os olhos custam a abrir, seja ao terminar, quando os mesmos olhos mal se aguentam abertos, aquela palavra sussurrada ao ouvido: "Amo-te meu filho”, diz a Mãe rendida a um amor tão intenso.

 
Amar um filho é juntar todas as razões pelas quais estamos neste mundo. O amor está em cada gesto, em cada olhar, em todas as cumplicidades. Se pudéssemos catalogar os vários tipos de amor que existem e quase que classificá-los por ordem de intensidade, o amor de Mãe seria o campeão isolado… muito isolado lá na frente.
 
Cá em casa, é incrível olhar para a Mãe e para o filho e reconhecer as suas ligações telepáticas, como se percebem, como comunicam, como se olham. A paixão inesgotável, que não abafa nem retrai, pelo contrário, mostra novos horizontes e deixa voar.
 
Mãe é tudo, é mais do que tudo. É a referência desde o primeiro segundo. É a mão que nos segura. É mais um coração que bate por nós.
 
“Mãe, és tudo para mim.”
“Mãe, és a minha melhor amiga.”
“Mãe, abraça-me com força.”
“Mãe, não saias do meu lado.”
“Mãe, és a minha estrela.”
 
Quando o sentimento é tão forte que até nos deixa de coração apertado, nada melhor que o “abrir” em pleno batimento, para que ele transmita ao cérebro um sinal que traduzido em palavras resume-se a…
 
“Mãe, amo-te muito.”
 
Feliz dia da Mãe. :)
 
O Pai

Pai, não vou dar presentes no dia da Mãe

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A dias do Dia da Mãe somos inundados de propostas para presentear a mulher mais importante das nossas vidas. Entendo que a vertente comercial é importante para os negócios e as datas comemorativas são excelentes pretextos para incentivar as vendas.

 
Mesmo sendo imparcial quando à vertente comercial do Dia da Mãe, não deixo de valorizar este e outros dias comemorativos, como o Dia do Pai, desde logo, o Dia dos Namorados e o Dia da Criança. Ao contrário do que se possa pensar, estes dias servem para reforçar a importância e não para relembrar a existência.
 
Da inundação que falei na primeira frase, das mil e uma propostas de presentes, há uma lembrança que valorizo e sei que a Mãe também: a prenda que é feita na Escola. É simbólica, às vezes até estranha, mas tem carinho a transbordar e amor escrito em todo o lado.
 

Aposto que todas as Mães se derretem com as obras de arte que os seus filhos trazem para casa. Aposto que são até capazes de arrumar aquela peça de decoração e colocar em grande destaque o pedacinho de gesso com uma forma esquisita.

 
Este é o espírito do Dia da Mãe. Uma simples peça de gesso, cheia de imperfeições, mas plena de paixão.
 
A juntar a essa peça, vêm os abraços, os beijos, os carinhos entre Mães e filhos.
 
O Pai