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O melhor Pai do Mundo

Ser Pai é uma experiência que merece ser partilhada. Este espaço é dedicado a todos os Pais que receberam dos seus filhos o título de "O melhor Pai do Mundo".

Pai, qual o maior sacrifício que fazes por mim?

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Fazemos tudo pelos nossos filhos. Pais e Mães que estão a ler esta história e que não se revêem nesta afirmação, podem terminar aqui a leitura. Se, pelo contrário, faz tudo o que pode e não pode pelas suas crianças, acompanhem o resto deste meu relato.

 
Quando dizemos tudo, é mesmo tudo. Não sou rico e acho que nunca o vou ser. O que ganho invisto na felicidade da minha família. Não tenho vícios, a não ser uma vontade permanente de acompanhar o meu filho em tudo o que puder. Tenho sonhos, muitos sonhos e em todos eles o meu filho faz parte da história.
 

Mas o que é que eu abdicaria, o que poderia sacrificar para fazer o meu filho mais feliz. Tudo, sem hesitação.

 
Poderia ter um emprego melhor, melhor remunerado, cheio de regalias. Talvez. Se isso significasse maior privação de tempo para estar com a minha família, não hesitaria na minha escolha. Até posso adivinhar o que está a pensar: “Mas o dinheiro é muito importante na vida de qualquer pessoa”. Verdade, mas não é tudo. Defendo que devemos lutar pelo mínimo que nos permita viver com dignidade, mais do que isso é esforço inglório.
 
O tempo é umas das nossas riquezas, mas talvez a que menos valorizamos. Todos os dias desperdiçamos horas em coisas sem sentido. Seja no trabalho ou no trânsito, vivemos o dia em contra-relógio para poder ter um par de horas no final do dia para passarmos com quem mais gostamos. Este é um dos grandes sacrifícios na vida de qualquer Pai e Mãe.
 
“A vida passa tão depressa, ainda mais quando somos Pais”. Verdade, acima de tudo porque o nosso dia útil passa a ser diminuto, uma ninharia, umas migalhas. Eu adoro o meu trabalho. Gosto muito do que faço. É um privilégio, sem dúvida, mas está a milhas de distância daquilo que faz mais sentido para mim nesta vida. Não é difícil adivinhar… ser Pai.
 
Não pensem que por pura obsessão gostaria de estar constantemente junto ao meu filho, retirando-lhe o tempo que ele precisa para crescer fora da alçada dos Pais. Longe disso. Só queria que o tempo que passa tão depressa não fosse vivido à pressa. Quando eu e a Mãe tivermos tempo para dar, provavelmente o nosso filho andará à procura dele ou a viver em sua função.
 
Já perceberam. O maior sacrifício que  faço como Pai é desperdiçar tempo, ou melhor, trocá-lo por dinheiro, numa escolha sem grandes opções.
 
O Pai

Pai, vamos ao salão "Ser Mamã"

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No início do mês de Maio acontecerá na Exponor em Matosinhos, a 12ª edição do salão Ser Mamã. Este evento é uma referência para todas as Mães e Pais, especialmente os que esperam os seus rebentos.

 
Fui convidado pela organização para colaborar na divulgação o que é por si só uma enorme honra. 
 

Para além de divulgar o salão, vou receber Pais e Mães num evento do programa. Vai acontecer no domingo dia 6 pelas 10:00. Aí vou contar histórias, ouvir outras e partilhar experiências. 

 
Para os quase papás este evento serve para se inspirarem, para terem a visão de quem já passou por esta fase e que a amou desde o dia em que soube que ia ser Pai. 
 
Para os recém papás este evento será mais um momento de partilha, de tirar dúvidas e saber que os seus medos e inseguranças são iguais a tantos outros Pais e Mães. 
 
Para as Mães, este momento de partilha servirá para ouvir a perspetiva do Pai, o seu papel, como querem ser parte ativa. 
 
Para os Pais, estar neste evento será mais um momento de crescimento, de afirmação e sobretudo de abertura e partilha. 
 
Marquem na agenda, nos dias 5 e 6 de Maio na Exponor, o mundo das Mães e dos Pais vai estar reunido no salão Ser Mamã. 

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No domingo, às 10:00 temos encontro marcado. 
 
O Pai
 
Adiram ao evento na página do Facebook aqui:

Pai, eu só quero tirar boas notas

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De regresso às aulas após mais umas férias. São momentos preciosos de descanso que as crianças aproveitam para descansar, recarregar baterias e deixarem de pensar nas aulas. As férias é para isso mesmo. 

 
Durante as férias recebemos as notas do mais pequeno e uns comentários sobre como está a evoluir. Só posso dizer que, mais uma vez, afoguei-me em baba de Pai orgulhoso. O miúdo é impecável e mais do que isso é exigente com ele próprio.
 
Não gosto muito desta auto exigência, especialmente se se tornar obsessiva. Até agora não, mas estamos muito atentos. Ele consegue uma nota alta e diz que ainda consegue melhor, nós dizemos que não tem de se preocupar com isso, apenas com o facto de ter de aprender bem as matérias e, acima de tudo, gostar daquilo que faz. Pelos vistos o patamar dos Pais está abaixo do dele próprio.
 

Considero que um dos principais desafios de um ser humano é saber lidar com a frustração. Saber enfrentar a frustração como um desafio, uma reflexão interior e até uma forma de crescer, quer do ponto de vista pessoal como do ponto de vista profissional.

 
Uma criança é exposta à frustração desde os primeiros minutos de vida. Porque tem fome e não tem logo ali o que pretende ou porque tem chichi na fralda e não está confortável. Com o passar da idade as frustrações alargam o seu âmbito e são cada vez mais desafiantes.
 
A face visível em tenra idade de “luta” contra a frustração é o choro, mas também a birra. Nós Pais, imbuídos no espírito de felicidade plena tentamos estancar aquela dor e acelerar a tal “luta”. Ora, isto não lhes dá armas para as batalhas seguintes. Não acho que estejamos a fazer mal, devemos é abrir caminho para que as crianças entendam, passo a passo (pequenos passos claro!), a viver num mundo em que nem tudo é feito à sua medida e que nem todos os seus desejos são realizados.
 
A Escola para os miúdos é um desafio constante. Para além de estarem a absorver gigabytes de informação nova e interessante, têm de lidar com a pressão de serem avaliados na sua capacidade de aprendizagem. Não somos todos iguais, isso já sabemos. A nossa capacidade de aprendizagem varia até com o estado do tempo e o nosso grau de exigência também.
 
“Pai, não quero cometer erros nos testes, quero ter tudo certo”, o lado perfecionista herdado do Pai a funcionar. Revejo-me naquele comportamento, ainda hoje me exijo assim, mas quero demonstrar ao meu filho que nem sempre é a melhor opção. Como é que o faço? Digo-lhe que o Pai e a Mãe não lhe exigem boas notas, que esteja tranquilo e que se errar de certeza que a Professora (e os Pais) vai explicar-lhe ainda melhor.
 
Isto é que eu digo, mas ele também vê o Pai chateado quando não consegue que algo fique perfeito. “Pai, está bem assim”, diz-me ele. Ou seja, o conselho volta a mim. Não o posso forçar a ser diferente, só lhe posso aconselhar a tentar encontrar o equilíbrio. Até eu ando à procura desse equilíbrio. Quem não?
 
O Pai

Pai, hoje é dia de jogo

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Sábado, 8 da manhã, em vez de ficarmos a dormir mais umas horinhas para compensar o que dormimos menos durante a semana, estamos prontos para sair de casa. Sim, 8 da manhã e aí vamos nós, hoje é dia de jogo.

 
Quem corre por gosto não cansa, já dizia o ditado popular que se aplica neste caso aos jogadores e... aos Pais.
 

Fim de semana sim, fim de semana sim, os Pais acompanham os seus rebentos no campeonato de futebol. São adeptos apaixonados que nem se importam muito do resultado, apenas querem ver os seus filhos a divertirem-se.

 
De campo em campo, os Pais percorrem centenas de quilómetros para acompanhar as suas estrelas e nós estamos nesse grupo. O nosso filho joga futebol federado e nós fazemos questão de ser a sua mais fervorosa claque de apoio.
 
A Mãe não pretende ser a D. Dolores nem eu quero que o meu filho me ofereça um carro no meu aniversário. O mais provável é que o futebol não seja a vida dele, mas neste momento vive as emoções com muita paixão.
 
Faça chuva ou faça sol, ali estão os Pais, com ou sem bancada, no meio da lama ou em cima de muros, pouco importa. Ali no relvado ou no pelado, está a nossa maior estrela.
 
"Onde é o jogo este sábado?" pergunta a Mãe curiosa para saber e poder planear mais um passeio a uma bela localidade deste país. "Onde vamos almoçar depois do jogo?" pergunto eu que tento sempre aliar um programa para depois do jogo.
 
O jogo começa, a adrenalina está em alta. Os Pais não tiram os olhos dos seus rebentos. O que menos importa é o resultado. Jogo terminado é hora de reunir a equipa. Os jogadores vêm agradecer aos adeptos, oferecem as suas camisolas, afinal vão ser lavadas em casa.
 
Esperamos pelo final do banho e lá vêm as estrelas. Foi mais um jogo para a história e mais uma manhã de sábado bem passada.  
 
Para a semana há mais. 
 
O Pai

Pai, já escolhi qual vai ser a minha profissão

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Nas últimas semanas temos falado sobre o futuro. Estamos à procura de uma profissão para o mais pequeno. Ainda é novo, mas temos de acautelar o futuro, o dele e o nosso. Brincadeira, claro!

 
Na Escola estão a falar das profissões e quase todos os dias o miúdo diz "Pai, já escolhi a minha profissão". 
 
Nos livros aparecem as profissões exemplo: o advogado, o médico, o arquitecto, o engenheiro. Acaba por ser uma realidade um pouco datada e muito formatada. Entendo que para apresentar este conteúdo programático seja mais fácil através de exemplos mais comuns, mas a realidade é outra. 
 

Daqui a 20 anos que profissões irão estar nos livros? Certamente que diferentes. O mundo do trabalho está em constante mudança, está a ser moldado pela tecnologia, por formas diferentes de pensar, pela cultura, pela partilha de experiências, num mundo cada vez mais “pequeno” em que as pessoas estão cada vez mais próximas umas das outras.

 
A professora lançou o desafio aos Pais para irem explicar a sua profissão. Eu aceitei e lá fui. Posso dizer que me preparei bem para o desafio. A minha profissão não vem nos livros e explicá-la não é fácil. Sempre trabalhei em Marketing que é também a área em que sou formado.
 
O meu filho estava super curioso para perceber de uma vez por todas o que é que o Pai faz. O que é que me faz estar em frente ao computador a desenhar coisas, a fazer vídeos, a ver gráficos, etc. Ele sabia que tinha qualquer coisa a ver com a internet, mas isso é tão vago que ele próprio se sentia confuso. Daí encarar este desafio com ainda mais responsabilidade.
 
Chegou o dia e ali estava eu em frente a 25 crianças de olhos arregalados à espera do que lhes tinha para dizer. “Quem sabe o que é o Marketing”, comecei eu por questionar. “Vamos ao dicionário para saber”, disse um coleguinha do meu filho cheio de curiosidade. Ali começou a minha apresentação. Em 15 minutos consegui prender a atenção daquelas cabecinhas curiosas. Afinal, uma das mais valias do Marketing é a capacidade de argumentação e nessa área eu domino!
 
A sala estava rendida. O sorriso do meu filho dizia muito. Para além de finalmente ter percebido o que é que o Pai faz, notava-se um grande orgulho de eu ter conseguido animar todos os seus colegas. Lá apareceu um dedo no ar, uma pergunta vinha a caminho…”Professora, agora estou confuso” dizia um menino lá no fundo da sala. “Diz lá porquê”, disse a professora tão curiosa como eu para perceber qual era a confusão. “Eu já tinha decidido qual iria ser a minha profissão, mas agora acho que quero trabalhar em Marketing”. Foi risota total. Ainda consegui reunir mais uns “Eu também, eu também”.
 
Terminei a minha apresentação e a aula continuou. Fiquei em pulgas para perceber o que se tinha passado a seguir e mal podia esperar para saber a opinião do meu filho.
 
Ao jantar o assunto não poderia ser outro. O miúdo contou tudo à Mãe de forma muito pormenorizada. Eu estava babado, ao ponto da Mãe me ter de segurar o queixo para que não se descolasse do resto da cara. Tinha sido um momento alto que dificilmente esquecerei.
 
“E então, já decidiste o que vais ser quando fores grande?”, perguntou a Mãe. “Já”, como uma pequena palavra nos captou a atenção e nos manteve em suspenso durante uns segundos. “Gosto do Marketing, mas quero trabalhar em informática”. Informática? “Calma, Mãe e Pai, isso é só se não for jogador de futebol”. Ah, agora faz mais sentido.
 
O Pai