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O melhor Pai do Mundo

Ser Pai é uma experiência que merece ser partilhada. Este espaço é dedicado a todos os Pais que receberam dos seus filhos o título de "O melhor Pai do Mundo".

Pai, leva-me a um museu

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Até há bem pouco tempo não sabia qual a altura certa para levar o meu filho a um museu. Nós sempre gostamos de conhecer os museus por todos os sítios que passamos em solteiros e continuamos a ir mesmo sabendo que o mais pequeno ainda não tirava partido da experiência.

 
Estar em contacto com a cultura e a história do nosso mundo é algo com muito valor. Levar uma criança a perceber o que é a arte, o que motiva um artista a expor as suas obras e perceber que este é um conhecimento muito importante para o seu desenvolvimento.
 

Eu prefiro os museus de arte contemporânea. Sou um fã, desde os meus tempos de estudante de artes, da Pop Art, da sua excentricidade e sobretudo pela representação, sempre muito colorida, de coisas mundanas. A Mãe gosta mais de história, de descobrir como era a vida dos nossos antepassados e perceber como chegamos aqui.

 
Esta mistura é fantástica para o nosso filho que acaba por beneficiar destes gostos dos Pais e usufruir do nosso entusiasmo. Recentemente visitamos dois museus em dias seguidos. No primeiro dia fomos a uma exposição de arquitectura, que retratava o que seria uma cidade ideal e apresentava algumas utopias. O miúdo ficou maravilhado, aquilo desafiava-lhe a imaginação, era muito diferente do que estamos habituados a ver. “Pai, vamos viver em casas construídas em cima da água?”. Outra parte tinha uns óculos de realidade virtual que mostrava um ambiente imaginário de uma cidade rodeada pela natureza. “Pai, estou a ver uma casa na árvore”.
 

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No dia seguinte fomos a um dos monumentos mais importantes do nosso país, o Mosteiro dos Jerónimos. Um local cheio de história, imponente e com muitas marcas da vida da monarquia. “Mãe, era aqui que o Rei almoçava?” perguntava ele ao entrar no refeitório, uma sala enorme para os banquetes reais.
 
Ainda nos Jerónimos, deparámo-nos com o túmulo de Camões. Explicar à criança que ali estão guardados os restos mortais do maior poeta português não é fácil. Mas lá conseguimos, através de uma pequena história, explicar a importância deste homem para o nosso país e sobretudo para a língua portuguesa.
 

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Gosto muito de mostrar cultura ao meu filho. Adoro vê-lo interessar-se e a fazer perguntas. Seja arte contemporânea, sejam locais históricos, o importante é por as crianças a viver estas experiências, para além de as marcar para sempre, incute-lhes um gosto saudável.
 
Já estamos a planear a nossa próxima visita. Provavelmente será no primeiro domingo do mês. Sabem porquê? A entrada na maioria dos museus é gratuita no primeiro domingo de cada mês e normalmente estão fechados às segundas-feiras. Fica a dica.
 
O Pai

--ATUALIZAÇÃO--
Desde 1 de julho de 2017 que alguns museus são gratuitos em TODOS os domigos e feriados. Confira a lista aqui.

Pai, o nosso amor é para a vida toda

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Para escrever esta história inspirei-me numa canção que a Carolina Deslandes escreveu para oferecer ao seu filho. Diz ela no seu blog que é um presente que fica para sempre…para a vida toda.

 

Para a vida toda! Eu vou amar o meu filho para a vida toda. Cada esforço, cada sofrimento, cada alegria e conquista, cada gota de suor, cada cabelo branco, cada degrau, cada corrida, cada surpresa, cada frustração, cada sorriso, tudo, sim tudo, é feito por ele e continuará a ser feito... para a vida toda.

 
As histórias deste meu blog são para o meu filho ler mais tarde, para ele se rir daquilo que o Pai descreveu como sendo a sua maior aventura. Perceber todo o orgulho com que partilho as experiências maravilhosas que ele me proporciona. A vida tem várias histórias, vários enredos paralelos, várias personagens. Há um personagem principal, aquele que assume o protagonismo, aquele que toda a gente quer ver. Esta é sua história e eu quero vivê-la a vida toda.
 
É incrível a forma como um filho nos muda. Muda a nossa visão das coisas, como as relacionamos umas com as outras, muda a forma de trabalharmos e como olhamos para as nossas responsabilidades profissionais. Muda a forma como observamos quem nos rodeia, muda quase tudo e muda para a vida toda.
 

Eu acredito que o amor consegue mudar o mundo. Com mais amor o mundo seria melhor. Daí o meu contributo com um amor incondicional, super-humano, universal. Um amor...para a vida toda.

 
Mas tudo começou numa manhã de outono, onde, no meio da multidão, vi pela primeira vez aquela que seria a Mãe do meu filho. O que vivemos, o que nos desafiamos, o que conquistamos e ainda o que temos para conquistar. Temos tempo porque…é para a vida toda.
 
O Pai
 

 

Pai, não preciso de ajuda

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Quando é que nos apercebemos que as nossas crianças estão a crescer? Pelo seu tamanho? Sim. Pela forma como falam? Também.

 

O aspeto que mais me impressiona é a autonomia. Para quem olha para os seus filhos como eternos bebés, ser-lhe-á muito difícil tomar consciência que, de facto, as crianças crescem. “Pai, deixa estar que eu faço” ou um “Pai, eu vou sozinho à casa de banho e não preciso de ajuda”, são apenas dois exemplos do que estou a falar.

 
Ver o meu filho a comer de faca e garfo, a cortar o peixe ou a carne de forma exemplar, deixa-me bastante espantado. E a tomar banho? Fantástica a forma como eles aprendem tão rápido.
 
Para isto contribuiu e muito a vivência na escola. No refeitório, a ajuda das auxiliares já é escassa e cada criança tem de se safar. E como é que aprendem? Com os melhores professores, nada mais nada menos que os próprios colegas. Uns ajudam os outros e não têm problemas em pedir ao amigo do lado.
 
A questão do banho foi praticamente igual. Em casa, ainda não o tínhamos deixado tomar banho sozinho. Ajudávamos em quase tudo. Agora, depois dos treinos de futebol, os miúdos têm de tomar banho sozinhos.  Ficamos um pouco apreensivos quando soubemos que iria ter de fazer tudo sozinho, mas era o melhor pretexto para começar.
 
Fiquei muito curioso em perceber como tinha sido o primeiro banho. “Pai, correu bem!” disse-me. Eu tinha mil e uma perguntas. Comecei com o gel de banho e o champô, “Pai, não sabia bem o que era para quê, mas pelo cheirinho descobri!”. Uau! “Lavo dos pés à cabeça e um amigo ensinou-me a ensaboar as mãos antes de esfregar a barriga”. Boa! “Depois, sou rápido com a toalha a limpar-me e arrumo tudo no saco, sou dos primeiros a sair.”
 

Imaginem a minha cara de espanto perante tal descrição. Em casa já nem sequer quer ajuda para nada.

 
E agora que deixei de ter uma das minhas funções como Pai, como vai ser a minha vida? Estou a brincar, adoro esta fase!
 
O Pai

Pai, as férias não são para descansar

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“Finalmente chegaram as férias, agora é que eu vou descansar”. Estas palavras não foram ditas por um Pai ou uma Mães antes de irem de férias, de certeza. Ir de férias com os filhos é tudo menos descansar.

 

A energia acumulada de um ano inteiro, parece que se descarrega naqueles dias (sempre poucos) que passamos em família. As férias são para serem gozadas, para serem memoráveis e, acima de tudo, para fortalecer a ligação que temos aos nossos filhos.

 
Compreendo que para muitos Pais, sabendo do que vão viver em férias, comecem a criar barreiras mentais que os impedem de desfrutar daquele tempo tão precioso. Contudo, temos de nos lembrar que nós Pais também estamos de férias e nada melhor para que tudo corra bem do que estabelecermos o nosso espaço.
 
Haverá muito tempo para brincadeira, de todo o tipo. Futebol, castelos na areia, saltos para a piscina, caça ao tesouro, jogos de cartas, jogos na consola… enfim tudo o que pudermos imaginar.
 
No meio disto tudo temos de preservar o nosso tempo, o tempo dos Pais namorarem, se divertirem, relaxarem na toalha de praia, boiarem na piscina, nem que tudo isto se resuma a dois minutos por dia. Nestes dois minutos (em sentido figurado, espero), as férias são nossas.
 
Nas nossas férias tentamos não nos prendermos a horários. Almoçar mais tarde? Problema nenhum. Ficar na praia a ver o pôr-do-sol e atrasar o jantar? Claro que sim! Um lanchinho na praia não faz mal a ninguém, muito menos às crianças, sejam elas de que idade forem.
 
Lembrem-se que o tempo de férias é tão precioso que todos precisamos de o aproveitar ao máximo. Faz-nos falta este tempo para enfrentar a nossa rotina diária, por isso não vamos transformar estes dias (tão curtos) em algo que nos canse, a não ser que esse cansaço seja de termos brincado tanto.
 
O Pai

Pai, o que vamos fazer nas férias grandes?

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Estão aí as férias de verão, as chamadas férias grandes. São quase dois meses de descanso merecido para as nossas crianças. Não sou defensor da ideia que as crianças têm de ter todo o seu tempo ocupado para evitar que entrem em tédio. Estarem aborrecidos faz parte da vida. Quem não gosta de passar uma tarde refastelado no sofá sem nada para fazer?

 

Mesmo assim, acho muito saudável que as crianças tenham ocupações de preferência coisas diferentes daquilo que estão habituadas a fazer durante o ano letivo. Na minha lista excluo desde logo atividades que tenham a ver com matérias da escola e tento procurar algo que o desafie.

 
Tenho duas fontes de pesquisa que gosto muito: o site Pumpkin (https://pumpkin.pt/), agora com um layout renovado e muito fácil de procurar e o site Estrelas e Ouriços (http://estrelaseouricos.sapo.pt/) também este bem estruturado e até com mais atividades espalhadas pelo país e não somente para Lisboa ou Porto.
 
Dividi a minha pesquisa por atividades para mais do que um dia e visitas para fazermos em família:
 
ATIVIDADES PARA FÉRIAS
 
 
 
 
 
 
 
 
EVENTOS E VISITAS
 
 
 
 
 
 
O bom das férias é que os horários são bem mais descontraídos, por isso não vale a pena agendar tudo ao mesmo tempo. Como escrevi em cima, as crianças não devem ficar com a sua agenda cheia de coisas para fazer. Ver televisão, brincar com os Avós, os Tios, os primos ou os vizinhos também são ótimas atividades.
 
Vamos lá desfrutar das férias!
 
O Pai

Pai, eu não quero ir para o Kid's Club

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Estão aí as férias. As aulas já acabaram e está na altura de juntar a família e partir para um destino com sol e praia. Normalmente marco as férias com alguma antecedência. Não gosto muito de estar na expectativa de saber para onde vou. Quando gosto de um sítio repito várias vezes, talvez por já saber o que contar, onde posso ir às compras, o melhor sítio na praia e o melhor local para nos posicionarmos na piscina.

 
Mesmo sendo um dos muitos que gosta de regressar onde me sinto bem, já corremos vários hotéis ao longo dos últimos anos. Por acaso, nunca na nossa escolha esteve o facto do hotel ter ou não ter Kid’s Club, ou seja, um local com animação própria para crianças que as ocupa durante grande parte do dia com a ajuda de adolescentes muito dinâmicas e cheias de paciência.
 
Recordo-me porém de termos estado num hotel onde existia uma área para crianças na sala de refeições e era aí que se juntava o grupo para almoçar. Era uma boa ideia, pois o espaço era adequado às crianças e o menu ajustado aos seus gostos. Recordo-me também de ver ali sempre cerca de uma dezena de crianças de várias idades, uns com 4 ou 5 anos, mas também mais velhos, talvez com 10 ou 12.
 

Refletindo bem sobre este tema, acredito que para as crianças ter várias atividades durante o dia seja bem mais interessante do que depender dos Pais para os entreter. Mas isto, sem querer criticar os Pais que acedem ao desejo dos filhos em ir para estes grupos, é passar férias sem os filhos. Será isto? Ou sou eu que estou a pensar mal?

 
Eu já passei férias sem filhos, antes de ser Pai claro, e sei que são bem mais tranquilas pois podia ler o meu livro enquanto apanho banhos de sol, ia à praia muito mais leve, não tinha grande preocupação com os horários das refeições e mais um sem número de coisas que já nem me lembro como eram.
 
Então se calhar a razão da existência destes Kid’s Club é para Pais que querem prolongar este estilo de férias. Não consigo imaginar estar numas férias sem o meu filho, sem ter de ir carregado para a praia com o insuflável gigante que ele nem vai utilizar, nem de comprar o jornal desportivo e ele servir apenas para fazer chapéus e aviões de papel, ou de ficar com os ombro e as costas queimadas por ter estado a fazer uma pista de carros na areia.
 
Repito, respeito os Pais que acedem ao pedido dos filhos para irem para o Kid’s Club, talvez até deixe o meu ir lá ver como é que funciona, mas o que eu quero é gozar as férias fazendo (quase) tudo o que ele quer e ter ainda tempo para namorar, comer bem, divertir-me, ganhar um bronze e se sobrar alguma coisa…descansar.
 
Vá lá Pais, foi um ano duro para todos, por isso aproveitem as férias para inventarem coisas para fazerem em família.
 
O Pai