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O melhor Pai do Mundo

Ser Pai é uma experiência que merece ser partilhada. Este espaço é dedicado a todos os Pais que receberam dos seus filhos o título de "O melhor Pai do Mundo".

Pai, faltaste à reunião de Pais

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Sempre pautei o meu conceito de ser Pai com uma presença ativa em todos os momentos da vida escolar do meu filho. Fiz questão de estar presente em todos, com muito esforço e algumas vezes com prejuízo da minha vida profissional.

Desta vez não consegui. Estava a umas centenas de km de distância e não iria conseguir, de forma nenhuma, estar à hora marcada para assistir à última reunião do ano.

 
Culpo-me por esta falha, mais até do que o meu filho que nem sequer está na reunião e na cabeça dele tudo o que se passa na escola os Pais sabem pela professora. É frequente ouvir perguntar “Pai, recebeste o email da professora a contar que fizemos asneiras?” Ele acha que nós sabemos de tudo o que se passa na escola!!
 
No meu ideal de Pai, nunca um compromisso profissional se deveria intrometer, nem ser a prioridade. Ir à reunião de pais ou ir ao compromisso profissional? Isto não deveria ser uma questão. Eu sei que o mundo não é perfeito e que estamos formatados para trabalhar, trabalhar, nos tempos "livres" tratar dos nossos filhos e se sobrar tempo tratar de nós.
 
De que é que nos servem os ideais? A única inveja que sinto na vida é ver Pais e Mães que não têm de decidir entre ir a uma reunião de trabalho ou ir buscar os filhos à escola. Melhor, inveja é uma palavra muito forte, ponho noutra perspetiva: e que tal se o meu objetivo de vida for, um dia, não ter de decidir entre um compromisso profissional e uma reunião de pais na escola? Bem melhor!
 
A minha intenção não é deixar de trabalhar. Para além da questão financeira, trabalhar ajuda-nos a estar ativos, a aprender, a ter motivação extra para conquistar coisas novas.
 
Nós já somos os melhores Pais que conseguimos ser. 
Já fazemos ginástica acrobática para nos dividirmos entre todas as solicitações.
Somos Pais que assumimos que a nossa prioridade são os filhos.
Acreditamos que educar um filho é o melhor que a vida nos proporciona.
 

Então, de que é que estamos à espera? 

 
Vamos mudar o caminho das coisas, o trabalho é indispensável mas há coisas mais importantes na vida. Vamos lutar por um equilíbrio. Vamos ter como objetivo nunca ter de decidir entre um evento com os filhos ou uma reunião de trabalho. Vamos a isso!
 
O Pai
 
P.S.: vá lá, deixem-me a sonhar…!

Pai, quem tem razão, eu ou a Mãe?

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Personalidade. Ora aqui está um assunto que eu gosto de analisar. Não sendo psicólogo nem nada parecido, sempre gostei de observar o comportamento das pessoas. Talvez por isto, poderia gostar de ler aqueles estudos que provam aquilo que muitas vezes já sabemos.

 
Uma criança, quando começa a definir a sua personalidade, fica mais parecido com o Pai ou com a Mãe? Ainda bem que faço esta pergunta!!
 

Não há dúvida que nós Pais somos as grandes influências dos nossos filhos no seu crescimento (acredito, mas não é uma prova científica), logo é normal que alguns traços de personalidade sejam semelhantes.

 
Chegados aqui, pergunto: quantas vezes vos aconteceu observarem as vossas crianças e terem a sensação que estão ali a ver o Pai ou a Mãe em formato mais pequeno?
 
Já me aconteceu várias vezes. Há dias, numa conversa bem interessante existiam várias opiniões sobre um assunto. A Mãe defendia o seu ponto de vista e o mais pequeno estava em desacordo. Eu como moderador não podia opinar ou defender um ou outro. Deixei rolar...
 
A dada altura, a Mãe viu-se tentada a fazer prevalecer a sua posição, eu não deixei. O mais pequeno, começava a revelar alguma impaciência. Não havia forma possível de chegarem a acordo. Porquê que seria?
 
Observei por uns segundos as expressões corporais de cada um. Eram tão parecidas. As mãos, o regalar os olhos, o beicinho quando não conseguem prevalecer a sua ideia. Fantástico!
 
Como escrevi, não sou psicólogo. A minha avaliação de conhecimento popular é que estive perante duas personalidades muito parecidas, que se seguram à sua razão e levam-na até ao fim. Ambos tentaram convercer-me, algo que conseguiram facilmente, porém faltou-lhes o mais difícil, convencerem-se um ao outro.
 

A minha experiência de observação foi excelente. Adorei!

 
O importante a reter é que o debate de ideias é fundamental, mas o conflito de interesses tem de ser tratado com muitas pinças. A personalidade das crianças forma-se desde o primeiro dia de vida, mas se nos primeiros anos nós Pais até cedemos várias vezes à pressão e, como se costuma dizer, fazemos as vontades, quando mais crescidos temos de ir com mais cuidado e não ter medo de fazer valer a nossa posição de liderança. Afinal somos nós os Pais.
 
Ah, para ser justo faltou relatar quando observo parecenças entre a minha personalidade e a do meu filho. Pois, neste caso, quando vejo algum aspeto positivo digo logo "Sai ao Pai", mas quando é algo que eu próprio me recriminou por ser assim, lá vem a vozinha "Tinhas mesmo de sair ao teu Pai nisso".
 
Façam a experiência aí em casa e observem as parecenças.
 
O Pai

Pai, aquele incêndio não aconteceu, pois não?

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É impossível ficar indiferente ao que se passou em Portugal, neste fim de semana. Adormeci no sábado a saber que 19 pessoas tinham perdido a vida, o que já era uma tragédia enorme, acordei perplexo ao saber que tinham sido mais de 60!

 
Todos temos de estar conscientes que a cobertura mediática faz parte de um acontecimento como este. São centenas de profissionais que asseguram que a notícia passa, que não fica esquecida. Apenas imaginar o que se passou ali é cruel e demasiado duro até para o Homem mais forte, associar a imagem, o relato, o testemunho vivo é espetar a faca ainda mais fundo no coração.
 
Prova viva disto que estou a escrever é o testemunho do Pai que salvou parte da família, mas que perdeu os seus maiores tesouros, as duas filhas e a esposa. Para mim, bastava a descrição em nota de rodapé para sentir-me de peito apertado, mas não chegou. O Pai deu o seu testemunho, descreveu aquilo que ficará para sempre gravado na sua memória. Demasiado cruel, digo eu. Percebi na entrevista para a SIC que o Pai queria deixar uma nota de aviso para quem se deparasse com uma situação semelhante, mas na RTP pareceu-me demais.
 
À parte desta visão, necessária mas de preferência de bom senso do ponto de vista jornalístico, fica a forma como os nossos filhos olham para esta tragédia. O meu viu as notícias, tentamos apenas preservá-lo das imagens mais cruéis, mas era quase impossível. Para quem, como as nossas crianças, absorvem tudo, aquele cenário era demasiado real, demasiado perto.
 

Depois da enésima reportagem, perguntamos se queria que explicássemos alguma coisa. Respondeu que não, mas perguntou: "Pedrógão é perto de onde vivemos?”

 
Respondemos com a distância exata, com algo que o permitisse perceber que era distante mas muito mais perto de outros acontecimentos trágicos que temos assistido pelo Mundo fora. Aqui, as pessoas falam a nossa língua e sim, nós já tínhamos passado naquela estrada…
 
Era real, não vale a pena escondê-lo. Tão real como as centenas de heróis que combatem um vilão tão forte. O Super-homem vem do espaço, o Batman tem super-poderes, mas os bombeiros lutam de coração, com a maior força que existe.
 
Falemos em onda solidária, claro que sim. “Pai, como vamos ajudar?”, da forma como podemos, como tantos portugueses o fazem.
 
Foi um acontecimento terrível que dificilmente será esquecido, que deve alertar todos para pensarmos uns nos outros.
 
O Pai

Pai, estão aí os Blogs do Ano

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A eleição dos Blogs do Ano está de volta com a sua 2ª edição. Mais uma vez a Media Capital quer destacar o que de melhor se faz na blogosfera em Portugal. Foi na 1ª edição que este blog se deu a conhecer a milhares de pessoas. Posso dizer que foi nesse momento que o blog nasceu.

 

"Então o que é que faz um Pai num meio dominado por Mães?”

 
O ano passado esta era a questão que mais me faziam. Mas o que mudou desde essa nomeação?
 
O mais importante de tudo foi conseguir fazer chegar a minha mensagem a mais Pais e Mães, a mensagem de que a educação dos nossos filhos é algo para ser vivido intensamente, com as virtudes e os defeitos de cada um, mas com o objetivo de criarmos bons filhos e boas pessoas.
 
Ser um dos nomeados trouxe obviamente visibilidade mediática. Desde a televisão às revistas, passando pelas parcerias e até convites para viagens em família e outras experiências. Na televisão tive oportunidade de fazer passar a mensagem da importância do papel do Pai. Ser o representante dos Pais que participam ativamente na educação dos seus filhos é um motivo de orgulho.
 
Como blogger, ter vivido a experiência da iniciativa Blogs do Ano, ajudou-me a perceber melhor o mundo da influência digital, possibilitou-me conhecer bloggers experientes e sobretudo conhecer quem são as pessoas por trás das palavras.
 
Gostei de perceber que ter sido o “representante” dos Pais na categoria família abriu portas a novas ideias, a mais Pais que começaram a partilhar as suas experiências. O meu prémio foi esse!
 
Pais deste país, inscrevam os vossos blogs, eu sei que existem. Se não têm um blog, nunca é tarde. Nesta 2ª edição até existe um prémio para Blog revelação.
 
Participem em: Blogs do Ano
 
O Pai

Pai, hoje somos só os dois

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“Hoje é men’s night”, avisei eu lá na empresa. Tive de sair à pressa do trabalho porque ainda tinha de comprar umas coisas para o jantar. A Mãe hoje não vai estar em casa, vai trabalhar até mais tarde e quando chegar já vamos estar a dormir. Isto quer dizer que a equipa está reduzida a um elemento... e meio.

 

Costumo ouvir de outros Pais em situações como esta: “Hoje estou de babysitter”. Prefiro a versão “Hoje estou de Pai”. É mesmo isto, eu não vou “olhar” pelo meu filho, nem tão pouco vou substituir a Mãe. Eu vou lá estar…como Pai.

 
Combinei no dia anterior o que iria preparar para o jantar. “Pai, quero um bife grelhado com arroz de ervilhas. Sabes fazer?”. Se o miúdo vivesse sozinho comia todos os dias arroz com ervilhas, é impressionante, mas tem preferência pelo arroz feito pela avó, o que é muito difícil de igualar.
 
Tivemos tantas ideias, mas o tempo não dá para grandes aventuras. Temos tão pouco tempo à noite. Entre trabalhos da escola, preparar as coisas para o dia seguinte, jantar e brincar (claro), a nossa rotina diária reserva-nos escasso momentos.
 
Esta era uma ótima oportunidade para chamar o mais pequeno a ajudar em algumas tarefas. Depois de fazer os TPC’s, tratou de preparar a roupa para o dia seguinte. Colocou tudo direitinho no seu quarto. Deixei-o escolher livremente. A Mãe tem mais atenção ao que ele veste, se vai a combinar e sobretudo se se veste adequado ao tempo. Talvez nisto, nós homens sejamos mais pelo sentido prático.
 
Eu tratei do jantar e ele pôs a mesa. No final, levantou a loiça da mesa e eu coloquei-a na máquina de lavar. Próxima etapa.
 
Vamos brincar. Tínhamos uma partida de xadrez a meio, eu já sem rainha e ele sem os bispos e uma torre. As partidas são sempre disputadas. Ele ainda está a aprender mas já domina alguns truques e armadilhas que me apanham sempre.
 
Ora bem, como eu escrevi, o tempo voa e é hora de preparar para deitar. Hoje é diferente, a Mãe não está para preparar o pijama e abrir a cama. Mais uma vez é a dividir, eu abri a cama, preparei a história enquanto que o mais pequeno vestiu o pijama sozinho. As calças ficaram ao contrário. Nada de mais, há quem diga que dá sorte vestir roupa do avesso ou ao contrário.
 
Contei um bocadinho da história, duas páginas, é como se fosse por episódios. Apago a luz, deixo apenas uma luzinha de presença, não vá ser preciso ir para ali às escuras a meio da noite sem tropeçar nos brinquedos.
 
Ok, tarefa de Pai cumprida. Mais um dia que passou, mais uma rotina. Hoje um pouco diferente porque a Mãe não esteve. Umas horas mais tarde, lá chega a Mãe. Eu tinha adormecido no sofá! "Como se portou o menino?" pergunta a Mãe, "Muito bem e o mais pequeno também! :)".
 
O Pai

Pai, quero ser como o Ronaldo

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Somos literalmente invadidos pelo fenómeno Cristiano Ronaldo. Há quem catalogue a nossa cultura com os famosos três “F” - Fátima, Fado e Futebol, mas o Ronaldo quase que está a ganhar o seu espaço e a acrescentar um “R” só para si.

 

O que é ser um ídolo para uma criança? É o estilo, é por aparecer muitas vezes na televisão, é por ter carros potentes, é por cantar bem…? Não sei bem explicar, mas o que é certo é que as crianças têm estas estrelas como referências para quase tudo.

 
Em criança eu também tive os meus ídolos. No futebol claro, gostava de ser o Futre. Número 10 nas costas, cabelo esvoaçante, carro potente e amarelo e um craque no futebol. Pois, a cena do cabelo valeu-me uma tesourada da minha Mãe quando apareci em casa com a famosa mullet (para quem não sabe é deixar o cabelo crescer sobre o pescoço). Tinha pedido ao meu cabeleireiro que queria o cabelo como o do Futre!
 
Lembro-me também de me ter passado pela cabeça ser o Maverick do Top Gun, a personagem do Tom Cruise. Cheguei a ir para a escola de t-shirt branca por dentro das calças e a segurar o casaco com um dedo e por cima do ombro. Que estilo!
 
Com o Ronaldo é isto e muito mais. Cada passo que ele dá é notícia. E não me estou a queixar, porque é provavelmente a primeira estrela portuguesa que é reconhecido em todo o Mundo. Por sermos portugueses, provavelmente perdemos a noção da sua dimensão mediática, mas é quase vermos um Michael Jordan, uma Adele ou Taylor Swift, só que ainda com mais força e influência.
 
O miúdo lá em casa sabe tudo sobre o craque do Real Madrid. Reconhece as chuteiras que ele usa, sabe que carros tem, quantos golos marcou… por aí fora. Para um rapaz é marcante ter um ídolo assim, com sucesso e português. Como Pai, não acho mal, não é uma obsessão, longe disso. A imagem que passa do Ronaldo fora do campo de futebol é interessante, muito próximo da família, apaixonado pelo filho, atencioso com as crianças com o abordam, líder, divertido, etc.
 
Não deixa de ser um sonho dizer “Um dia quero ser como o Ronaldo”, porque acontece 1 em 10 milhões (ou mais), mas ter um ídolo para uma criança é ter uma influência, uma referência, em alguns aspetos é abrir um pouco a visão que muitas vezes está concentrada nos Pais e nos familiares mais próximos.
 
Claro que temos de medir constantemente os níveis. Não queremos, como Pais, que se torne uma obsessão, não queremos que, se acontecer um ato desviado, isso seja imitado ou até desculpado porque se o ídolo faz a criança também posso fazer.
 
Não nos podemos esquecer que, nós somos os maiores ídolos dos nossos filhos, as suas referências. Por mais Ronaldos que existam (e é bom que existam), o comportamento das nossas crianças tem de ter um caminho próprio, as suas próprias ideias e a sua personalidade, que não deve ser regido pela forma de estar dos idolatrados. Referência sim, obsessão não.
 
O Pai