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O melhor Pai do Mundo

Ser Pai é uma experiência que merece ser partilhada. Este espaço é dedicado a todos os Pais que receberam dos seus filhos o título de "O melhor Pai do Mundo".

Pai, a viagem ainda agora começou

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Terminou a viagem alucinante dos Blogs do Ano. Foi mais de um mês de iniciativa que tornou este cantinho de histórias mais conhecido. No momento em que recebi o telefonema da Media Capital a anunciar que “O melhor Pai do Mundo” estava nomeado, perguntei-me várias vezes quais tinham sido as verdadeiras razões. Era sem dúvida o blog com a mais pequena comunidade de seguidores, um dos mais recentes com cerca de um ano e meio de existência e, a razão mais evidente, o que fazia um Pai num mundo de Mães bloggers.

Com cada vez mais contactos e seguidores, comecei a perceber que talvez a razão mais forte foi dar a conhecer a perspetiva do Pai, um olhar masculino sobre o mundo da parentalidade. A simplicidade das minhas histórias cativou Pais e sobretudo Mães, aguçou a curiosidade de muitos que quiseram conhecer melhor o que me leva a partilhar experiências. Tive o mediatismo que nunca sonhei ter e acredito que esta viagem ainda está a começar.

Voltando à iniciativa Blogs do Ano, tenho agora a noção que fui um nomeado prematuro, com um blog em fase de crescimento, a dar os seus primeiros passos. Concorri com três Mães bloggers que são uma referência, com percursos mais ricos que o meu e, acima de tudo, com uma rede de cobertura que lhes confere a visibilidade que um projeto deste cariz precisa. Isto é fruto do trabalho e da dedicação, mas também do talento que é preciso para poder cativar tantas pessoas.

Confesso que tinha uma secreta (e pequenina) esperança na vitória. Seria uma grande surpresa, talvez a maior se tal tivesse acontecido. Ganhou quem mereceu, quem eu tinha apontado como favorita desde o primeiro dia. O blog Cocó na Fralda está na ribalta da blogosfera há muito anos e isto confere-lhe um estatuto difícil de bater. Os meus sinceros parabéns à autora e a todas as pessoas que contribuem para o projeto.

Blogs do Ano - Entrega Prémios
Finalmente, gostaria de destacar os momentos mais marcantes desta viagem e que ficarão na minha memória como o primeiro passo para tornar este espaço uma referência junto de Pais e Mães para que estes possam sentir que a missão de serem Pais é, de facto, o melhor da nossa vida.

Os 5 factos mais marcantes da iniciativa Blogs do Ano:

1. Afinal quem é "O melhor Pai do Mundo"
A curiosidade que a nomeação suscitou foi surpreendente. Nos primeiros dias após terem sido divulgados os nomeados, recebi milhares de visitas por dia no blog e o número de seguidores nas redes sociais multiplicaram-se.

Blogs do Ano - Entrega de Prémios
2. A unanimidade na escolha do Júri
Foi-me confidenciado pela organização que quando o Júri se reuniu para escolher os nomeados e chegada a categoria família, o voto no blog O melhor Pai do Mundo foi unanime. A presença de um Pai numa lista de Mães contribuiu certamente para este voto. Pelas personalidades que fizeram parte desta votação, torna este facto como um dos mais relevantes.

3. As pessoas por detrás dos blogs
Muitos dos bloggers nomeados não dão a cara. As suas palavras são a sua marca e a sua presença é dispensável. Porém, perante uma nomeação como esta, seria quase impossível preservar o anonimato. Para além de me ter dado a conhecer, tive oportunidade de conviver com pessoas que também partilham a sua experiência com milhares de seguidores.

4. A menção na apresentação da categoria família
Na cerimónia de entrega dos prémios, apresentada pelo jornalista José Alberto Carvalho, cada categoria tinha uma introdução escrita pelo guionista João Quadros. No meio de toda a expectativa e nervosismo, consegui reparar que o texto foi inspirado no meu artigo “Pai, pede a senha do wifi” como que a comprovar que a parentalidade mudou muito nos últimos anos e prova disso são os blogs sobre o tema que inspiram milhares de Pais.

Blogs do Ano - Entrega de Prémios
5. Os Pais e Mães (Avós, Tios, Padrinhos, …) que seguem as minhas histórias
Qualquer blogger gosta de saber que as pessoas estão a ler as suas histórias e, claro que, não fujo à regra. Receber comentários de Pais e Mães que se revêm naquilo que escrevo e que até partilham com outras pessoas. Tive declarações de descoberta, de surpresa, de carinho, de amor, votos de confiança, dúvidas e incertezas. Todas estas declarações tiveram e continuarão a ter resposta.

Blogs do Ano - Entrega de Prémios
Agora que já conhecem as minhas histórias, fica a promessa para mais e melhor. São muitas as ideias que tenho para fazer crescer este espaço. Conto com cada Pai e com cada Mãe para chamarem mais pessoas e para contribuírem para que O melhor Pai do Mundo esteja, daqui a uns tempos, num patamar diferente, mais elevado, mais próximo e cada vez mais relevante para inspirar aqueles que estão a educar as próximas gerações.

Esta viagem é dedicada a todos os Pais e Mães que me continuam a inspirar...

O Pai

P.S.: uma das entrevistas mais divertidas que dei durante esta iniciativa aconteceu na Digital Rock Stars Party no CCB em Lisboa, onde o também nortenho Alexandre Santos tentou apanhar os bloggers distraídos. Vejam o que O melhor Pai do Mundo ensinou a um rapaz de 26 anos...

A gala de entrega de prémios pode ser vista na íntegra em TVIplayer (clique aqui)

Pai, não me custa dizer que te amo

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Ainda há homens que personificam o Pai durão, de postura fria, forte e de presença imponente e até austera? Ainda existem? Acredito que sim.

Não tenho problemas em afirmar que sou Pai galinha ou helicóptero como se costuma dizer hoje em dia. Também nunca conheci o Pai que descrevi em cima, talvez por isso as minhas referências sejam diferentes e me tenha tornado num Pai que não esconde os seus sentimentos para manter a sua postura.

Sinto-me lamechas e quando assim é surgem níveis elevados de carência afetiva, pouco normais para os cérebros masculinos. Quem paga são as bochechas e as costelas do pessoal lá de casa. Começo com pelotões de beijos contados um a um, seguem-se abraços tão apertados que qualquer lutador de wrestling pediria o KO em três segundos. Sou assim, um cola, um chato e só paro quando ouço "Pai, larga-me".

Num turbilhão de emoções à flor da pele, fico a pensar: no meio dos afetos, será que as palavras saem tão rápido como um beijo? Às vezes sim, outras vezes não! Aquelas palavras que dão alento ou corrigem alguma coisa, as que relembram das regras ou as que desafiam para uma brincadeira qualquer, essas estão sempre prontas. As mais sentimentais, tendo a guardá-las, de forma instintiva, para momentos mais especiais.

Aceito que se diga que estas palavras não se devem guardar e se deve abusar delas para expressar o que sentimos. Só assim é que libertamos as emoções. Concordo...em parte.

Por exemplo, julgo que uma expressão como "Amo-te muito" não deve ser banalizada para que preserve todo o seu sentido. Se eu a utilizar em muitas situações do dia-a-dia, o que é que eu vou dizer quando surge um momento de maior cumplicidade?

Claro que o amor pelos filhos é incondicional, imensurável, estratosférico... Por isso, naquela fração de segundo em que sentimos o nosso coração a encher e formiguinhas de adrenalina a percorrerem todo o corpo, eu digo "Amo-te muito", "És o meu sol" e por aí fora. Em contrapartida quando, por exemplo, o deixo na Escola, muitas vezes de coração partido, sai-me um "O Pai gosta muito de ti...vai". Coisas de homem? Deve ser isso.

Como escrevi no artigo "Pai, dá-me um abraço apertado" precisamos de 8 miminhos por dia para nos sentirmos felizes. Isto é estatística pura e dura, porque num dia como o de hoje, eu estou a precisar de pelo menos 80 miminhos, de um abraço apertado e uma frase sussurrada no ouvido: "Pai, amo-te muito".

O Pai

Pai, tira-me uma foto e põe no Facebook

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Tenho acompanhado com grande entusiasmo o crescimento da comunidade em torno deste espaço. É gratificante angariar seguidores de uma mensagem tão universal como é a de sermos Pais. Uma das coisas que me chamou a atenção foi o facto de encontrar muitos Pais e Mães que fazem questão de colocar as fotos dos seus filhos na sua foto de perfil. É uma constatação um tanto ou quanto superficial porque o que me é dado a ver são pequenos quadrados.

É mais um dos assuntos do Mundo da parentalidade "moderna" - devo ou não devo expor o meu filho nas redes sociais? Que perigos existem? O que pode acontecer?

Se recuarmos aos anos 80 e 90, os anos da minha infância e adolescência, esta preocupação simplesmente não existia para os Pais. A internet era uma miragem e o conceito de redes sociais resumia-se a idas ao café, festas familiares e afins. A máxima exposição que uma criança poderia ter era ser "escolhida" para a montra do fotógrafo lá da rua ou então, se tivesse olhos azuis e cabelo loiro, ser escolhido para um anúncio qualquer.Imaginem o sucesso que esta foto teria se os meus Pais a tivessem orgulhosamente publicado no Facebook:

Eu nos anos 80

A brincar a brincar, esta foto estaria agarrada a mim para o resto da vida, seria o início da minha pegada digital, mas não teria sido eu a decidir iniciar esse caminho. E aqui é que está o cerne da questão. Coloque-se no lugar dos seus filhos e tente entender qual seria a sua decisão.

Na pesquisa para este artigo encontrei de tudo, quem defenda que até pode colocar mas em círculos fechados, quem defenda que não há pessoas mal intencionadas e por isso não faz mal nenhum em partilhar a felicidade dos mais pequenos com o Mundo e existem os mais radicais que defendem que fotos de crianças nem pensar.

A minha posição desde que sou Pai e tenho perfil em várias redes sociais é que nunca vou expor o meu filho, nem mesmo em circuito fechado. Se depender de mim é mesmo nunca!

Em que é que me baseio para ter esta postura? Para além do conceito de rede social onde não se sabe bem quem vai ler as nossas publicações, retive dois "alertas" de fontes muito credíveis:

1. Um alerta da PSP a aconselhar que não se exponha os filhos de forma descuidada. Este alerta apareceu neste Verão e foi amplamente difundido pelo Facebook. Até o melhor PAI do Mundo fez referência:

Alerta da PSP sobre a exposição de fotos de criançasFacebook Polícia Segurança Pública

2. Um artigo onde é referido que o próprio Facebook está a desenvolver uma forma de alertar os Pais quando estes estão a partilhar fotos de crianças. Ora se o próprio Facebook, que o que quer é que haja publicações, vai pedir às pessoas para que confirmem se querem mesmo colocar uma foto onde o seu filho está presente, isto é um sinal claro que há perigos!
HuffPost Parents - Facebook Wants To Help Parents Safely Share Photos Of Their Kids

A educação dos nossos filhos é da responsabilidade dos Pais e de quem os acompanha de perto, ou seja, são estas as pessoas que tomam decisões, sobre o dia-a-dia, sobre o futuro, etc. São também estas pessoas que decidem se uma criança tem ou não exposição nas redes sociais.Há também que ter em conta o que faz a Escola, o clube de futebol ou o grupo de dança. Estas instituições têm de ter a autorização expressa dos Pais para poderem partilhar fotos das crianças.

O meu alerta como Pai é no sentido de terem cuidado, porque uma foto da família num determinado local pode dar muitas ideias a quem é muito mal intencionado. Mais uma vez reafirmo que, pelo facto de fecharmos o círculo, não quer dizer que não seja possível o Mundo ver uma imagem.

Ficam duas dicas práticas que eu próprio utilizo:

1. Se quiserem partilhar fotos das crianças com a família ou amigos próximos abra um grupo no Whatsapp com essas pessoas. O Whatsapp é privado e todas as mensagens são encriptadas, quer dizer que não são guardadas nem utilizadas para outros fins.

2. Se quiser mostrar as fotos das férias ou da última festa de Natal sugiro que use o Google Photos. É online e pode associar o seu email Gmail (conta Google). Ao criar os álbuns pode partilhá-los com alguém e definir que essa pessoa só os pode ver e não pode editar. É útil, por exemplo, para mostrar na televisão (nas Smartv) porque não precisa de nenhum programa, é tudo online. Pode, a qualquer momento, fechar a partilha.

Vejam ou revejam a minha entrevista no programa Olá Maria do Porto Canal:



As redes sociais mudaram o Mundo, trouxeram-nos proximidade, imediatismo, fenómenos sociais que nunca na vida nos passava pela cabeça, mas também têm o lado da exposição que temos de saber muito bem viver com ela em todos os sentidos.

O Pai

Pai, já decidi

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Decidir. Escolher A ou B. Ir por este ou aquele caminho. Vestir um ou outro casaco. São tantos os momentos durante um dia em que temos de decidir, numas coisas de menor importância e que só a nós nos diz respeito, outras que consoante a nossa opção influenciam a vida de quem nos rodeia.

Ter a responsabilidade de educar um filho é tomar decisões a toda a hora. Há aquelas em que temos tempo para pensar, debater e decidir, há outras que temos de nos fiar no nosso instinto.

E os nossos filhos? Como é que eles são a decidir? Defendo que devemos incentivar a tomada de decisões desde pequenos. Claro que os Pais têm quase sempre a última palavra, mas dar espaço à participação das crianças no processo e até deixá-las “bater na parede” algumas vezes. Já abordei este assunto no artigo “Pai, não sei o que vou ser quando for grande”, as crianças tomam decisões sobre o seu futuro quando ainda andam no 9.º ano, ou seja com 14/15 anos. Se até lá, viveram na sombra dos Pais, vai ser um problema para todos.

Escolher o que vestir nas manhãs super agitadas pode ser um pesadelo, mas é um primeiro passo para tomarem decisões. Claro que os mais pequenos não vão sair de casa de manga curta num dia de inverno, mas podem por a mão fora da janela para sentirem que a sua decisão não é a mais acertada.Vamos ao restaurante, quem é que decide o que é que as crianças vão comer? Claro que alguns restaurantes acenam com menus infantis a pensar nas crianças e na sua capacidade de persuasão. Não acho mal que, uma vez por outra, sintam que a escolha foi deles, até porque nem todos os menus infantis são maus. Mas atenção à indecisão, tem de haver um tempo para se decidir e se o empregado está à espera a pressão aumenta, logo há que decidir.

Por falar em pressão. É um facto a ter em conta. Uma decisão traz sempre alguma pressão associada e todos nós também temos de lidar com isto todos os dias. Aliar capacidade de decisão com lidar bem com a pressão é a situação ideal. Acredito que se chega lá com algum treino, nos mais pequenos sempre acompanhado, mas gradualmente temos de deixar de ser a “muleta”.

Ah esqueci-me de mencionar uma coisa importante para os Pais quando exercitam a tomada de decisão com os seus filhos: é preciso alguma paciência. Imaginem que têm um cheque-prenda de 20€ para ir descontar a uma loja de brinquedos… Medo, porque muitas opções é meio caminho andado para uma decisão lenta…mesmo muito lenta. Ou imaginar uma menina nos seus 12/13 a escolher uma roupa para levar à sua primeira festa na Escola… Ok, sou Pai de um rapaz e fico por aqui.

O Pai

Pai, eu vi-te no Porto Canal

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Qualquer portuense que se preze tem quatro objetivos na vida: os três tradicionais (ter um filho, plantar uma árvore e escrever um livro) e o quarto é ir ao Porto Canal. Dos três tradicionais falta-me o livro.

O quarto objetivo realizei-o esta semana! Sim, "O melhor Pai do Mundo" foi ao Porto Canal, mais precisamente ao programa "Olá Maria" da sempre elegante Maria Cerqueira Gomes.

Fui amavelmente convidado pela produção para participar no programa e deixar o meu testemunho. O mote era obviamente o blog e a nomeação para os Blogs do Ano na categoria família. Recebi a chamada da produtora Mariana Ribeiro à saída de uma consulta de pediatria, onde estavam algumas crianças na sala de espera. Vão perceber mais à frente o curioso deste facto.

Cheguei na hora combinada e comecei logo a ser preparado para o direto. Entrar na sala de maquilhagem como O melhor Pai do Mundo deu logo que falar entre os presentes. Depois de um ou outro retoque na beleza, estava pronto para ir para estúdio.

Uns retoques na beleza.
Eu já sabia que as conversas com a Maria Cerqueira Gomes são descontraídas e informais e eu estava muito alinhado nesse espírito. Não posso deixar de mencionar o cheirinho a brownies que pairava no estúdio, isto porque tinham estado a cozinhar este pequenos pecados à nossa dieta. Infelizmente não pude provar sob o risco de ficar com um sorriso achocolatado.

Convidaram-me a sentar no sofá onde iria decorrer a entrevista. Estava mesmo à vontade e confiante que seria uma conversa agradável. Tinha uma surpresa na manga para oferecer à Maria. Tudo a postos.

À espera da Maria.
A Maria aproxima-se, apresenta O melhor Pai do Mundo e pergunta-me se eu já tenho idade para ser Pai. Um elogio, claro. A mim e à equipa de maquilhagem. Ainda bem que não falamos em idades e afins porque o tempo passa mesmo muito depressa. Depois perguntou-me onde eu estava quando recebi a chamada, porque se ouviam muitas crianças que deviam estar todas a brincar com o Pai. De facto esse seria um cenário mais interessante do que aquele que referi em cima, mas são "ossos do ofício" de qualquer Pai que se preze.

Conversamos sobre tudo: como surgiu o blog, o que me inspira, uma ou outra história interessante, trocamos opiniões sobre a nossa missão como Pais e mais tempo houvesse.

Nada melhor do que ver a entrevista completa:

 

Ah, já me esquecia. Ofereci um sol para a filha da Maria. Simbólico, mas que identifica o conceito do blog onde utilizo várias imagens desenhadas para acompanhar as minhas histórias. O sol é um dos pequenos cartões que produzi para oferecer a todas as pessoas com quem me cruzo e que querem saber um pouco mais sobre o blog "O melhor Pai do Mundo". Devo dizer que dos 200 cartões que mandei imprimir, restam-me meia dúzia. Bom sinal!

Cada símbolo representa uma história.
No final senti alguma descompressão, normal para quem não está habituado a estas andanças. Ainda tive tempo para tirar uma foto com a Maria que foi, como seria de esperar, muito simpática. Tenho a certeza que vamos falar mais vezes.

Com a simpática Maria Cerqueira Gomes.
Foi mais uma experiência para juntar à fabulosa jornada que tem sido dar a conhecer "O melhor Pai do Mundo". Resta-me dizer que lá em casa houve quase que uma festa para vermos o Pai na televisão. Claro que recebi muitos mimos quando falei do melhor Filho do Mundo. :)

O Pai

Pai, como estão as tuas costas?

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Li num artigo que uma das consequências de uma vida sedentária são as dores nas costas. A minha vida é sedentária, passo muitas horas sentado mas tento fazer exercício físico duas a três vezes por semana.

Quando olho ao espelho não fico envergonhado com o meu Dad Bod (leia o meu artigo "Pai, tu és mesmo forte"). Barriguinha q.b., barba de uma semana e um ou outro músculo no sítio. Mas de facto, as minhas costas são o meu ponto fraco. Volta e meia fico parado agarrado à zona lombar.

As exigências físicas de ser Pai, obrigam-nos a ter alguns cuidados com a forma física. Jogar à bola, correr no parque, andar de bicicleta, são as atividades mais frequentes por estes lados. Quando as dores nas costas atacam, surge logo um "Pai, oh não, agora vais ter de parar!". E paro, uns dois ou três dias para recuperar, quando corre bem.

Descobri um artigo fantástico que nos propõe vários alongamentos para fazermos em sete minutos. Estes exercícios irão ajudar-me a prevenir as dores e evitar paragens forçadas. Aqui ficam as ilustrações (como não sou técnico e a fonte está em português do Brasil, desculpem se algum termo não está correto).

1. Esticar o tendão do jarrete no chão

Mantenha a posição por 30 segundos, duas vezes para cada perna.
Mantenha a posição por 30 segundos, duas vezes para cada perna.

2. Alongamento do joelho ao peito

Mantenha a posição por 20 segundos para cada perna duas vezes.
Mantenha a posição por 20 segundos para cada perna duas vezes.

3. Alongamento espinal

Mantenha a posição por 20 segundos e repita no outro joelho. Faça isso quantas vezes quiser, mas não exagere.
Mantenha a posição por 20 segundos e repita no outro joelho. Faça isso quantas vezes quiser, mas não exagere.

4. O alongamento piriforme

Mantenha a posição por 30 segundos e repita com a outra perna.
Mantenha a posição por 30 segundos e repita com a outra perna.

5. O alongamento do flexor do quadril
Mantenha a posição por 30 segundos , em seguida troque e repita.
Mantenha a posição por 30 segundos , em seguida troque e repita.

6. O alongamento deitado do quadríceps
Mantenha a posição por 30 segundos em cada lado. Faça duas vezes em cada lado.
Mantenha a posição por 30 segundos em cada lado. Faça duas vezes em cada lado.

7. O alongamento total das costas

Mantenha essa posição por 30 segundos e, em seguida, tente o seguinte:
Mantenha essa posição por 30 segundos e, em seguida, tente o seguinte:
Mantenha a posição por 10 segundos em ambos os lados.
Mantenha a posição por 10 segundos em ambos os lados.

Quem experimentar que comente os resultados. Estou curioso.

O Pai

Pai, tenho orgulho em ser Português

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Confesso que a certa altura da minha vida, olhei para o Portugal com alguma desconfiança. O país estava a dar-me pouco e eu estava a batalhar bastante por uma oportunidade. Por muito orgulho que se tenha na nossa nacionalidade, esta relação (como qualquer outra) tem de ser correspondida. Esta fase culminou com uma experiência profissional no estrangeiro que me serviu para ver o país pelo lado de fora e, aí sim, valorizar ainda mais tudo aquilo que Portugal tem de melhor.


A expressão “sociedade global” é uma realidade. Os nossos filhos são cidadãos europeus, com uma visão do mundo de maior proximidade cultural e uma troca de experiências nunca antes vista. Será que isto os afasta da identidade do seu país? Talvez.

E o nosso papel como Pais, qual deve ser? Fomentar o gosto pelo país onde nascemos? Confesso que às vezes é difícil, sobretudo pelas sucessivas desconfianças políticas e por não sermos muito bons a valorizar o que é nosso. É cultural, mas quem é que vai mudar isto?

Nos últimos tempos, temos assistido a alguns acontecimentos que elevam o nome de Portugal no Mundo. Isto facilita-nos como Pais.

Explicar a um filho que um português é o novo Secretário Geral das Nações Unidas, uma das instituições mais importantes do Mundo, contribui para gostarmos mais um bocadinho de Portugal.

António Guterres, secretário-geral das Nações UnidasAntónio Guterres, secretário-geral das Nações Unidas

É incontornável não falarmos de desporto e, mais concretamente, do futebol, que neste verão nos orgulhou imenso ao vermos a nossa Seleção Nacional vencer o Campeonato da Europa em França. Fomos todos para a festa a gritar Portugal e já ninguém gagueja a cantar o hino. Isto ajuda!

Portugal - Campeão Europeu de Futebol em França Portugal - Campeão Europeu de Futebol em França

A convicção de dois irmãos que levou Portugal a uma vitória inédita no (já esquecido) festival Eurovisão da Canção. Uma música escrita em português pela Luísa Sobral e cantada de forma muito apaixonada pelo Salvador Sobral, foi uma representação ao mais alto nível da nossa cultura que tanto nos identifica.

irmaos-sobral-eurovisao-o-melhor-pai-do-mundo.pngOs irmãos Sobral celebram a vitória no festival Eurovisão da Canção

No mundo das empresas, lemos quase todos os dias os casos de sucesso de pessoas e organizações que vingam em todos os cantos do mundo, provando, mais uma vez, que há massa crítica neste cantinho à beira mar plantado. Bons exemplos para mostrar a nossa valia.


Tenho consciência que a "concorrência" de outros países é forte e que o apelo a tentar a sorte noutras paragens será ainda mais evidente nos próximos anos. Então o que é que nós Pais podemos fazer para ouvir "Pai, tenho orgulho em ser português"?

Deixo-vos a minha proposta: explicar que os portugueses são realmente boas pessoas, empreendedores e orgulhosos das suas conquistas. Isto somado ao maravilhoso território de que dispomos, faz do nosso país um dos melhores para se viver em família. Ter a perspetiva de "fora" é excelente, mas voltar é das sensações mais incríveis que já vivi.

O Pai

Pai, pede a senha do wifi

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De certeza que já ouviram estas frases umas dezenas de vezes:
"A tecnologia faz parte dos nossos dias."
"As crianças de hoje, nascem ensinadas e percebem tudo sobre tecnologia."
"O meu filho ensina-me a usar o telemóvel."

A tecnologia banalizou-se e só fica admirado quem tem um ponto de comparação. As pessoas nascidas nas décadas de 70 e 80 (que é o meu caso), viveram grande parte da sua adolescência sem internet, sem telemóveis e sem computadores.

Não sou daqueles Pais que, de uma forma nostálgica, fica a pensar que as crianças de hoje estão muito isoladas, já não brincam na rua e gostam mais de um jogo no tablet (até já escrevi sobre isto em "Pai, posso usar o tablet enquanto jantamos?") do que brincar com bonecas ou carrinhos. Mas isto são os sinais dos tempos, a geração dos anos 70 e 80 também é muito diferente das anteriores. Há sempre uma evolução.

Como Pai, o que me preocupa é sentir que haja alguma dependência. É sentir que há um nervoso miudinho no ar quando falta o tablet ou o telemóvel, por exemplo, quando vamos a um restaurante. Quando ouço "Pai, pede a senha do wifi" já sei o que se vai passar a seguir, olhos no aparelho e "não há menino".O outro lado da moeda tem que ver com a motivação. De facto um jogo no tablet ou na consola é muito mais interessante que o tradicional jogo da glória no tabuleiro. Por acaso, lá em casa, temos no tablet uma pasta com jogos chamada "Jogos para Todos". É frequente reunirmo-nos à volta do tablet para jogar, por exemplo, o "Perguntados" ou abrir a aplicação "Happy Studio" e ajudar as caixas do Happy Meal da Mcdonalds a passar de um lado para o outro com a ajuda de trampolins, ventoinhas e balões. Claro, que anda lá um (ou dois) joguito(s) de futebol. A Mãe não se importa...

É claro que há alturas em que não nos apetece jogar ou existem outras coisas mais importantes para fazer. Aí, a regra é deixar jogar sozinho uns 30 min. no máximo e nem pensar jogar perto da hora de ir dormir, já que os deixa completamente elétricos e sem sono.

À parte dos jogos, temos a tecnologia associada à educação. Há cada vez mais oferta de recursos educativos digitais complementares aos manuais escolares, por exemplo. Só consigo ver benefícios com esta parceria entre o papel e o digital. Até para os professores deve ser mais fácil motivar um aluno a acompanhar uma animação multimédia sobre o ciclo da água, do que fazer desenhos e apelar à imaginação para entender as matérias. O que espero é que as Escolas acompanhem esta evolução sob o risco de verem aumentar o fosso tecnológico entre a realidade da Escola e o cenário que cada aluno tem em casa e até na própria mão no seu smartphone. Novamente em causa a questão da motivação.

Não podemos negar o inevitável, a tecnologia faz parte da nossa vida, mas não nos deve dominar. Há que dosear, estabelecer regras e deixar que nos ajude. Temos de pôr a tecnologia a trabalhar para nós e acreditar que as nossas crianças são privilegiadas porque nasceram num Mundo mais evoluído, no que diz respeito à tecnologia, pelo menos.

O Pai