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O melhor Pai do Mundo

Ser Pai é uma experiência que merece ser partilhada. Este espaço é dedicado a todos os Pais que receberam dos seus filhos o título de "O melhor Pai do Mundo".

Pai, adoro ver-te sorrir!

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“Pai, adoro ver-te sorrir!” foi uma frase que ouvi há uns dias e ficou gravada na minha memória. A felicidade de ser Pai é tanta que às vezes vejo-me meio desorientado.O nosso dia a dia é tão absorvente que precisamos de doses generosas de vitaminas para nos mantermos ativos o dia todo. As minhas vitaminas são estes momentos que guardo e recordo várias vezes durante o meu dia.

Tenho momentos de me fechar com o meu telemóvel para simplesmente passar (pela enésima vez) pelas fotos das centenas de álbuns que tenho guardados. Estes minutos dão-me força, coragem e muita vontade de viver cada momento.

O sorriso é uma forma de demonstrar felicidade. Eu cá, também gosto de ouvir uma boa gargalhada, um riso que se torna quase impossível de parar ou que nos obriga a ir a correr para a casa de banho. O sorriso é quase como um polegar para cima, um momento de “sou feliz” ou “estou seguro”. Um sorriso faz com que centenas de músculos se coordenem para proporcionar aquele momento. Quase como se tratasse de um pôr do sol, de um arco-íris ou de um qualquer momento único que conhecemos e ficamos sempre a olhar.

Só falta mesmo adicionar uma banda sonora a cada sorriso que guardamos na nossa memória. São tantos que precisaríamos de vários gigabytes. Aqui fica uma sugestão:

 

O Pai

Pai, onde aprendeste a ser Pai?

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Ainda não encontrei uma Escola para Pais, onde exista um programa letivo com várias disciplinas e até vários patamares. A ideia é certificar Pais para serem Pais. Seria uma Escola que acompanhava o Pai nas várias fases desta "missão" e a avaliação poderia passar por levar os filhos para a Escola e interrogá-los intensivamente para que os professores pudessem perceber se o Pai estava a fazer um bom trabalho a ser Pai.


Piada, certo? Claro que sim. Há quem lhe chame Universidade da Vida, aquela que nos ensina a viver em sociedade e a resolver os nossos problemas quotidianos. E a sermos Pais, quem nos deve ensinar?

A minha Escola para Pais foi ter partilhado tantos ensinamentos com os meus Pais, com os meus Avós, com os meus Tios e com mais alguns pontos de referência familiares. Ser Pai, começa aí.

Mas é na vida real, com o bebé nos braços que realmente começamos a nossa graduação. Quando fomos educados estivemos a estagiar, quando somos Pais estamos num cargo de alta direção.

Há dias li um artigo muito interessante, escrito por um psicólogo que trabalha temas como a parentalidade e as relações familiares. O artigo descreve os 20 erros (só 20!) mais comuns que os Pais cometem na educação dos seus filhos. Vou listar os erros e comentar um a um:

1 - Dar-lhes muitas opções de escolha
O processo de decisão de um ser humano é complicado, mas se estivermos a falar de uma criança isto multiplica-se por 10. Costumo dar opções de escolha, limitadas é certo, mas que dêm espaço para pensar, pelo menos.

2 - Elogiá-los por tudo e por nada
Pois é... os filhos são a nossa razão de viver. Um simples malabarismo é motivo de palmas e foguetes. Diz o especialista que estamos a criar pessoas "elogio-dependentes". Uma coisa não faço, não ponho sempre um prémio como "cenourinha", isto sim, pode levar à dependência.

3 - Tentar mantê-los sempre felizes
O psicólogo diz que as crianças devem aprender, por si, a serem felizes e não forçadas a sê-lo. Sinceramente não sei como se pode forçar alguém a ser feliz. Ou se está ou não (ponto).

4 - Sobrecarregá-los com presentes
Concordo que pode haver uma ligação perigosa entre o receber um presente e a felicidade e isso pode viciá-los em compras compulsivas. Exagerado? Talvez, mas o bom senso tem sempre de imperar.

5 - Mantê-los sempre muito ocupados
A carga horária das crianças é, desde novinhos, muito parecida com a de um trabalhador comum. Das 9 às 6 na Escola e depois ainda existem os desportos, a música, a dança, etc. É muito tempo e acima de tudo muito cronometrado, mas é a nossa vida formatada à sociedade que temos.

6 - Acreditar que a inteligência os vai salvar
Todas as crianças são diferentes, têm interesses diferentes, motivações próprias. A inteligência é uma definição muito larga. Defendo o debate de ideias, a descoberta, a experiência e o auto-conhecimento, concreto e terra-a-terra, não sobrevalorizado. Se alguém conhecer os seus próprios pontos fortes, só tem de aprender a potenciá-los.

7 - Pensar que uma religião concreta lhes dará os valores corretos
Prefiro não comentar este ponto. Não sei bem onde começa e acaba cada religião e não sou devoto de nenhuma em concreto. Se uma pessoa se revê nos valores, deve acreditar e defender os seus pontos de vista.

8 - Evitar falar de alguns assuntos mais incómodos - como sexo
As crianças estão expostas a muita informação. É quase impossível controlar aquilo que elas sabem e nós Pais nem fazemos ideia. Perante isto eu defendo que os Pais devem ser o ponto de referência, a fonte de informação fidedigna, mesmo que depois as leve a querer saber mais. Se não formos verdadeiros ou fugirmos dos assuntos, deixamos de ser referências.

9 - Ser muito crítico nos erros das crianças
Querer a perfeição normalmente dá mau resultado. Têm de haver críticas, têm de haver correções e temos de observar intenção em corrigir. Se isto for conseguido, estamos no bom caminho. As crianças não são adultos em ponto pequeno.

10 - Envergonhar ou ameaçar
O que é que estamos a criar? Não nos podemos esquecer que os nossos filhos são um espelho daquilo que nós somos. Imponham a vossa posição de Pai com o poder da palavra e não com batotices!

11 - Deixar que façam coisas inapropriadas para a idade
As fases da vida das crianças têm de ser vividas a seu tempo. Tentar acelerar ou olhar para elas como se fossem mais velhas, só estamos a enganar o tempo e a desfrutar menos de cada momento.

12 - Não limitar o uso dos ecrãs
Os ecrãs dos telemóveis, dos tablets, do computador e da televisão ocupam hoje muita da atenção de todos, sejam adultos ou crianças. Para evitar que haja isolamento e concentração de atenção nestes aparelhos, devemos estabelecer regras.

13 - Não deixar que se aborreçam
Pensar que uma criança deve estar sempre ocupada e estimulada é exigir-lhes demasiado. Uma criança que se aborreça fica a saber, por si, quando deve descansar, mudar de brincadeira ou simplesmente fica a saber o que gosta mais de fazer.

14 - Protegê-los das suas próprias consequências e perdas
É frequente ver Pais a facilitar quando jogam um jogo com os seus filhos ou a assumir as consequências de uma asneira. O Mundo real não se passa assim, por isso deixemos que eles "sofram" pelos seus erros e aprendam a proteger-se.

15 - Não deixar que brinquem com algum perigo
Novamente o Mundo real e os seus perigos. Deixá-los perceber limites e regularem-se autonomamente só lhes faz bem.

16 - Fazer da hora de ir dormir um stress
A hora de ir dormir é um momento de muita cumplicidade. Há um descomprimir dos acontecimentos do dia, há um tempo para ler uma história e para resumir, de forma calma, o que de importante se passou nesse dia. Antes de adormecer há sempre lugar para uma troca de miminhos. Só faz bem!

17 - Não ler histórias ao mais pequenos
A imaginação das crianças é uma das suas maiores riquezas, por isso, ler é mais uma forma de os fazer viajar, para além de os cultivar a escutar, a interpretar e a gostar de ler (quando aprenderem).

18 - Tirar a chupeta cedo demais
É certo que a chupeta está associada a sentimentos de insegurança, mas tirá-la cedo demais pode fazer com que a criança ainda não esteja preparada. Porém pode tornar-se um vício e aí temos de agir.

19 - Deixá-los comer até não poderem mais
A auto-regulação na hora da refeição ajuda-os a serem disciplinados. Ninguém pode comer tudo o que lhe aparece à frente, muito menos as crianças em fase de crescimento. Explicar muito bem o que deve e não deve fazer, faz parte de uma boa educação alimentar.

20 - Dar umas palmadas
Esta “técnica” de educação parece-me desajustada. É difícil de compreender, pode dar aso a reações negativas e até a comportamentos desajustados com outras crianças. Eu sei que se costuma dizer que uma palmada na altura certa não faz mal a ninguém e que nos lembramos de um ou outro açoite dos nossos Pais, mas há mesmo necessidade disto?

O Pai

Fonte: I'm A Family Psychologist And These Are The 20 Most Common Parenting Mistakes I See